quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

7 dias em Maceió (Alagoas) +1

Alagoas guarda segredos que podem ser facilmente explorados a partir de sua capital, logo ali no centro, fica a melhor praia para se hospedar em paz, a Praia dos Sete Coqueiros é um lugar de paz, longe do burburinho da Jatiuca e bem pertinho da aprazível Pajuçara (onde a noite podemos visitar a feirinha de artesanato e comer a deliciosa tapioca da Jane, uma santista que se mudou para Maceió e que faz sucesso por lá).

De manhã bem cedo um ótimo programa é atravesar a rua e ir nas piscinas naturais da Pajuçara, um passeio simples e rápido de ser feito de balsa, depois de isso feito um rolé pela cidade para comprovar que existe vida inteligente além das praias. Desça para o Jaraguá e centro (ver Maceió cultural). Depois, o passeio das Sete Lagoas na direção sul da cidade é uma ótima opção para descontaminar de tanta cultura, nadar nas lagoas do Mundaú ou atravessar uma duna para mergulhar direto no mar será sua grande dúvida até o final do dia, entre goles de uma cerveja gelada e camarões. Na volta de uma força para as rendeiras do Pontal da Barra, a cooperativa delas faz um excelente trabalho na região e aproveite pra comer no Peixarão!

Subindo para o litoral norte podemos parar rapidinho para ver a Praia do Riacho Doce, tirar uma foto na praia da Sereia e em Ipioca parar estrategicamente na Vila Chamusca para ver de cima o maior coqueiral do mundo. Seguindo para o norte o descanso fica na Praia de Paripueira e de lá podemos ir na praia do Sonho Verde e curtir o final da tarde numa rede enquanto esperamos o almoço. A noite um passeio pelo burburinho da Jatiúca para comer uma massa deliciosa no Massarella.

Com a tábua das marés debaixo do braço decida o melhor dia para ir a Maragogi ver as piscinas naturais, se quiser extender a viagem se hospede uma noite na Praia dos Carneiros (já em Pernambuco) e curta uma das melhores praias do Brasil, fazendo isso você terá mais tempo para ir até o Porto das Pedras observar o projeto Peixe Boi.

Mais um dia no litoral norte, passar o dia na praia do Carro Quebrado merece cada minuto do seu dia, nada pra fazer, só caminhar na brisa do mar observando as falésias. A noite merece um jantar no Wanchak, um restaurante peruano completamente descolado que combina com o dia de hoje !

Depois de fechar com chave de ouro o litoral norte, é hora de descer para o sul, prefira não ir para o Gunga nos finais de semana pois fica muito cheio, mas se não for esse o caso... paradinha de manhã na Praia do Francês, entrada em Barra de São Miguel, barquinho e ... chegue em grande estilo no Gunga, pelo mar! Água límpida mar tranquilo, um lugar paradisíaco mas não deixe de ir no mirante do Gunga para ver de outra perspectiva a beleza do local. Na estrada preste atenção na linda arquitetura da cidade de Marechal Deodoro. Para fechar esse dia em grande estilo, um jantar de gala no Famiglia Giuliano ou no Divina Gula.

Seguindo ao sul um dia de mordomia no resort Dunas de Marapé no Pontal do Coruripe, uma praia tranquila dentro de mordomia de um resort com foz de riachos na praia e uma vegetação exuberante. Para compensar o dia materialista que tal jantar no Mercado de Artesanato da Pajuçara e distribuir renda?

Enfim o passeio na Foz do Rio São Francisco é imperdível, cidade de Piaçabuçu é típica, onde foi filmado o filme Deus é Brasileiro, vendo o movimento pacato do local passamos a ter certeza disso, ele realmente é brasileiro. Comer é Piaçabuçu pode ser complicado pois a cidade não oferece muitos restaurantes que não sejam vinculados a passeios turístico a aí eles oferecem pratos típicos de São Paulo ou do Rio para "agradar"a freguesia! Se houver tempo prefira ir até a vizinha e belíssima Penedo. Na janta coma um prato típico (chiclete de camarão) no Imperador dos Camarões na praia da Pajuçara.

Enfim depois de dias de praia que tal conhecer os meandros do Brasil, a beleza e a angústia do Sertão, o calor e a abundância do rio da integração nacional, indo pelo interior até a cidade de Piranhas, de lá seguimos até a Pedra do Sino, o Museu do Cangaço e o Mirante do São Francisco e enfim os Canions Artificiais do São Francisco, criados depois da construção da barragem de Xingó, um passeio incrível nas águas caudalosas e quentes do Velho Chico. Atenção para sair cedo no dia desse passeio pois são 280 Km desde Maceió, mas vale a pena ...


Maceió cultural

Conhecer Maceió é muito mais que conhecer uma só praia, a capital alagoana tem um estilo de vida próprio, respirar o ar que vem do mar enche os nossos pulmões de uma certeza de beleza do lugar, mas também é algo que inspira e nos da paz, portanto é preciso viver Maceió !

Numa boa caminhada para o sul da cidade é possível chegar ao Jaraguá com lindos trapiches (armazens feitos com taipa e tijolos), alguns até viraram centros culturais!! Apesar de ser uma região portuária, escura e deserta vale a pena dar uma olhada, principalmente no Museu Téo Brandão, o folclorista criou um acervo sobre cultura local imperdível no Palácio dos Machados, de lá para a Casa do Patrimônio e de frente pro mar o Memorial da República com homenagens aos dois primeiros presidentes do Brasil (Deodoro da Fonceca e Floriano Peixoto, ambos alagoanos). Se olharmos pro sul veremos o enorme quebra mar de Maceió que no governo Collor custou R$250 milhões, só pelo custo já deveria ser decretado um patrimônio nacional !!  Voltando em direção a Pajuçara podemos passar pelo lindo prédio da Associação Comercial e o Museu da Imagem e do Som na Praça 18 de Copacabana (sim Maceió tem a sua estátua da liberdade!).

No centro o Palácio do Governo Floriano Peixoto fica num prédio bonito, a catedral metropolitana é simpória mas a vista do mirante de São Gonçalo que fica no alto da ladeira ao seu lado é muito melhor!


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Rio é história - A praça Mauá

Um dia de ressaca de Rock in Rio, um dia de sol com praias lotadas, um dia de Flamengo e Vasco no Maracanã, com todos esses atrativos, transpor as empoeiradas ruas em obras se tornou um desafio e tudo isso para chegar à inacabada Praça Mauá, acompanhei todas as fases de uma mega obra urbanística que só descortinou o que sempre existiu, história e o mar.

Sempre frequentei a degradada região portuária do Rio e ela tinha um ponto alto (também degradada) a praça Mauá. Trabalhei muito tempo na região, além do garboso RB1 e restaurantes ótimos perdidos pelas vielas, era um lugar de sórdidas boates para marinheiros (ora que região portuária não as tem?) mas basicamente era uma lugar sujo, escuro, perigoso e cheio de história. Sobrou um pier arejado, bem cuidado e policiado com um museu de arte, infra estrutura e um comércio que ainda tenta se organizar para atender a demanda turística em tempos de crise.

Apesar de futuramente continuar sendo o ponto de desembarque de turistas, de ter um moderníssimo sistema de transporte, amplos espaços e um museu dedicado ao futuro, a essência da Praça Mauá continua presa ao passado e há de ficar cego quem não enxergue isso. Foi lá que na antiga praia da Conceição tantos negros chegavam nos abarrotados navios negreiros, os que sobreviviam da viagem eram vendidos no mercado logo ali no cais do Valongo, os que morriam na travessia eram enterrados num cemitério logo ali perto na Igreja de São Francisco da Prainha, perto inclusive da casa dos nobres que viviam na aprazível Gamboa, com suas praias calmas que se encostavam num morro cercado de árvores frondosas. Entre esses nobres, o patriarca da independência José Bonifácio que vivia num lindo palacete que hoje abriga um Centro Cultural esquecido. Outro morador importante foi o Eike Batista de sua época, Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, muito bem retratado numa estátua no centro da praça que ganhou o seu nome, a estátua é pequena diante a imensa praça, mas ressalta aos olhos a coluna onde está apoiada, a cara de seu criador Rodolfo Bernardeli, ali perto do cais do Valongo os belíssimos jardins suspensos ficaram esquecidos por décadas, é  um ótimo passeio subir por lá para chegar no centro de geografia do exército que fica no Morro da Conceição, ali se travou uma guerra religiosa  contra os beneditinos que ocupavam o morro em frente no Mosteiro de São Bento. A Pedra do Sal é um capítulo a a parte na cultura nacional com fortes indícios de que ali surgiu o samba, mas depois que os soldados que voltavam da Guerra de Canudos foram ocupando a região e criando a primeira favela do mundo ao lado do primeiro túnel do Rio, a área de porto foi ocupada por armazéns e a região viveu uma forte decadência.
Uma forte tentativa de melhorar o local foi a criação do maior arranha céu do mundo em sua época, o prédio a Noite teve esse status até a inauguração do Empire States, depois seguiu em prol da integração nacional transmitindo dali as ondas de rádio que viriam a tornar aquele tempo conhecido como a Era do Rádio. O prédio pomposo foi do mesmo arquiteto do Copacabana Palace (Joseph Gire).
Em qualquer lugar do mundo o trecho aberto entre o Santo Cristo e a Glória seria por si só a única atração turística que atrairia milhões de pessoas com suas máquinas fotográficas ... todos ávidos por história (que no caso dessa região se mistura entre o período colonial, a inconfidência mineiro a, o comércio escravista, o samba, a chegada da corte portuguesa, o império, os primeiros anos da república, a era Vargas e que descortina, como sua paisagem, num futuro promissor.. cheio de gente passando dando vida a mais um lugar esquecido do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Santiago do Chile 4

Um ótimo passeio em Santiago é conhecer seus Cerros (morros!) eles dão uma outra perspectiva de visão da cidade e são belos parques seguir cedo para o Cerro Santa Lucia, dando uma paradinha na Iglesia de San Francisco que fica perto é uma boa opção, no Santa Lucia é possível conhecer os jardins suspensos e uma linda fonte. De lá siga até a estação Baquedano de metro e lá suba o Ascensor até o Cerro San Cristóbal, lá visite o Zoológico e o Santuário da Imaculada Concepcion. Veja o entardecer do alto do belo Cerro com a cidade aos seus pés e as montanhas ao fundo.
No jantar ... em grande estilo no Azul Profundo, um charme  mas na mesma rua existem outras tantas opções ótimas. 

No dia seguinte se você gostar e esquiar vale a pena pegar um táxi ou seguir por conta própria para o Vale Nevado, porém minha sugestão é ir ao Museu de Ciência e Tecnologia, um passeio completamente imperdível, nos moldes do Citte de Las Sciences de Paris. Lá é possível brincar com experimentos e passamos o dia inteiro como crianças se divertindo pra valer num lugar que não é turístico mas que é divertidíssimo.

Santiago do Chile 3

Em Santiago é bom estar ou no centro ou nos belos bairros de Bellavista ou Providencia (Ibis é uma opção barata! NH suites é um pouco mais caro e melhor). As opções no centro são o RQ Santiago Suites ou o Diego Almagro, ambos na Alameda Libertador Bernardo O'Higgings, ao lado do La Moneda (palácio do governo).

Santiago por ficar espremida entre as montanhas não tem muita circulação de ar e por isso é considerada a capital mais poluída da América do Sul, portanto não se surpreenda se tiver algum problema respiratório por lá, pra completar o clima ainda é seco e no outono o ar fica impregnado de pólen. 

Não se esqueça que como toda grande cidade, Santiago é cheia de batedores de carteiras, desconfie de peruanas "bonitas" muito solícitas em querer conversar.

Se locomover em Santiago de carro é bastante complicado e perde-se muito tempo no transito, logo a melhor opção é caminhar, flanar e ser como um cidadão do mundo. O transporte público é eficiente e organizado, ainda existe a opção de ônibus hop-on hop-off, eu particularmente detesto esse tipo de turistada. Atualmente existe a ótima opção de bicicletas verdes e o local é propício a uma pedalada pois as ruas são tranquilas, o terreno plano.

Para começar vá ao Centro Cultural La Moneda, por tras do Palácio (bombardeado em seu lado esquerdo durante o golpe militar de 1973)você pode ver a ÚNICA estátua de Salvador Allende da cidade, o presidente deposto e assassinato não é uma unanimidade no Chile e a ditadura ainda é um assunto polêmico pois o General Pinochet apesar da truculência, fez grandes avanços econômicos reconhecidos pelos chilenos. Siga a Calle Augustinas até a Ahumada (uma bela rua de pedestres com vários café com pernas no caminho). Eis então que se vê a Plaza de Armas, foco da colonização da cidade, o prédio dos correios era a antiga casa do governador, à esquerda se ergue a linda Catedral de Santiago e seu museu de arte sacra. Ao sair dela vale muito a pena virar a direita na Calle Companhia de Jesus para uma visita ao Museu Chileno de Arte Pre Colombiana. De lá vá tardiamente almoçar no Mercado Municipal (seguindo a via Veintiuno de Mayo), o prato é a Centóia gaste o seu espanhol pois se um dos garçons souber que é brasileiro vai ter que aturar ele cantando "Pense em mim ... chore por mim, liga pra mim não não liga pra ele ... ". Por fim o Museu Nacional de Belas Artes é uma ótima pedida para a digestão.

A noite não deixe de prestar atenção a Torre Entel se sua bela iluminação, pertinho do La Moneda e vá jantar no Pátio Bella Vista e beba um Pisco Sour (viu ... quem disse que lá só tem vinho !)

a seguir
http://encontrandonocaminho.blogspot.com/2015/06/santiago-do-chile-4.html

Santiago do Chile 2 - Valparaiso e Viña del Mar

Como Viña vem a ser uma cidade mais charmosa e moderna que Valparaiso é preferível se hospedar em Viña e conhecer a cidade vizinha usando o transporte público (o metro) é ótimo e vai beirando a costa de forma eficiente.

Valparaiso já foi o mais importante porto do hemisfério sul, uma linda encosta colorida por casas coloridas pela tinta de sobra dos navios, com a abertura do canal do Panamá, o porto entrou em declínio e hoje a cidade vive de turismo e como sede do poder legislativo chileno. Em uma manhã é possível percorrer os principais ascensores da cidade para conhecer a Praça 21 de Maio e o Museu Naval y Marítimo (ascensor Artillería), ambos estão situados no final da praia, em frente ao porto. De lá desça pelo Ascensor  Cordillera e siga até a Calle Serrano que mostra o aspecto da cidade portuária do início do século, essa rua foi palco de um grande incêncio em 2007. Siga até a Plaza Sotomayor e depois suba novamente pelo Ascensor Peral até o Passeo Yugoslavo e se perca pelas ruas do Cerro de Concepcion. Há quem diga que vale a pena visitar La Sebastiana, casa de Pablo Neruda na cidade, porém já é tempo de acabar com esse sobe e desce e ir para a bela vizinha Viña del Mar.

O melhor de Viña é passear pela orla, seguir até o famoso relógio de flores, o cassino e o Castelo Wulff, dá para fazer isso num final de tarde, sempre com atenção aos leões marinhos que vira e mexe aparecem na costa, siga pela marina e aproveito o centro da cidade e seus bons restaurantes. No dia seguinte comece com um rápido passeio pela Quinta Vergara, o estádio Salsalito, onde Garrincha fez chover, se não for à Ilha de Pascoa, não deixe de passar no Museu de Arqueologia Francisco Fonck para ver um Moai original e siga para o litoral norte em direção as belíssimas praias de Renaca, Concon, Zapallar e Paludo ... é longe mas vale a pena !!

a seguir
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Chile - dicas importantes

Dicas importantes:

Como ir : Dos grandes centros como Rio e São Paulo partem vôos regulares com duração de cerca de 4 horas sobrevoando lindos campos na Argentina e a Cordilheira dos Andes. TAM / LAN Chile / Gol

Como se locomover lá : Costuma-se dizer que o Chile é um país de primeira ... não só pelas boas estradas, mas porque se engatarmos a segunda é arriscado sair dos Andes e cair no mar.  Logo um carro é ótima opção.

Quando ir: em teoria durante todo o ano, porém regiões específicas no estremo sul ou no Atacama podem ter restrições severas no inverno e verão, a região de Bio Bio é muito chuvosa, logo as estações intermediárias de primavera e outono acabam sendo as melhores, a não ser que se queira ir esquiar em Vale Nevado, que tem que ser no inverno mesmo, aliás ... o aquecimento global anda deixando a região com baixa de neve e limitando a temporada de sky, se o objetivo for esquiar é bom consultar sites especializados antes.

Comendo e bebendo no Chile: com um litoral imenso é possível aproveitar os pescados e frutos do mar no Chile, desde uma centóia no Mercado Municipal de Santiago até um Chupe que é uma espécie de caldeirada, existem assados como Lomo a lo pobre que se parece com o bife a cavalo. Os vinhos do vale central além de famosos e baratos, prefira o Carmenere que é uma casta extinta na França no século XIX e que reapareceu no Chile em 1994. Não deixe de beber um Mote con Huesillos que é uma bebida com base no pêssego servida gelada. E se for na região de Valdívia atenção que é uma das principais regiões do mundo em cervejarias artesanais.

Moeda : um real vale cerca de 230 pesos chilenos porém ainda assim é possível aproveitar muito as compras.

Cultura: as artes pré colombianas são destaque e podem ser vistas no Museu de Arte Pre Colombiana. O Chile é conhecido como o país dos poetas, com 2 prêmios Nobel de literatura e um habito de leitura propagado pela população.


A seguir:
http://encontrandonocaminho.blogspot.com/2015/06/santiago-do-chile-1-pirque-e-andes.html

Chile - muito mais que beber vinho

Santiago é uma cidade organizada, é o símbolo de um país sensacional, uma ilha separada do resto do mundo por um oceano longínquo, por uma região polar, por um deserto e pelos Andes. Um país longitudinal que tem vários, climas, biomas e até a ilha mais remota do mundo. É certo que para se chegar à Ilha de Páscoa é melhor sair a partir do Peru, que a Argentina também é tão longitudinal e tem bons vinhos quanto o Chile. Porém o Chile é meio que diferente de tudo, em sua volta, é um país moderno, com lindas paisagens naturais e com um povo digno, nacionalista e educado.
O Chile é um país que sofreu uma colonização um pouco diferenciada em relação ao resto da tropical américa latina e foi deixado de lado quando os espanhóis acharam no meio do caminho o áureo altiplano peruano o lugar ideal para explorar e aí ... pararam por lá, se descessem mais se perderiam no Deserto de Atacama. Aí o Chile ficou meio perdido no mundo até 1540, se não fosse a bravura de desbravadores como Diego de Almagro e Pedro de Valdívia seria um pedaço de terra perdido entre barreiras naturais intransponíveis.
Essa diferença de climas e biomas nos dá uma gama enorme de coisa interessantes pra se ver no Chile, por exemplo :

Deserto de Atacama - o mais alto e mais seco do mundo, além de salares, o Vale do Luar tem uma paisagem que lembra a lunar. Na região existem pinturas rupestres famosas como o Gigante do Atacama, pintado na encosta de uma montanha.
Ilha de Páscoa com suas fauna e flora diferenciadas por um processo de evolução natural bem peculiar.
Região de Pucon - o magnífico vulcão Villarica
Litoral Pacífico - lindas praias de Colcon, Papudo e Zapallar.

Região metropolitana de Santiago - além da capital, lugarejos lindos como Pirque,  San Jose de Maipo e Baños Morales
Vale Central - Rota do Vinho de Colchagua e a maior mina de cobre do mundo, Sewell.
Bio Bio - uma região úmida mas de fauna e flora exuberantes.
Valle Nevado e Portillo - ideais para esquiar.
Parque Nacional Lauca - com seus lagos e vulcões, como o parinacota.
Torres del Paine no extremo sul, glaciares e lindas rochas que são um prato cheio para montanhistas numa reserva da biosfera da UNESCO.
Puerto Montt parte dos lagos andinos na fronteira com a Argentina.

A seguir
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Santiago do Chile 1 - Pirque e Andes

Conhecer Santiago é muito mais que visitar uma grande capital sulamericana, Santiago foi fruto de um colonização sofrida de exploradores espanhóis que perderam espaço no Peru e resolveram descer o deserto de Atacama em busca do eldorado. O foco de colonização se localiza urbanisticamente como em qualquer cidade espanhola numa Plaza de Armas que sofreu cercos de índios, racionamento de água e alimentos, foi incendiada diversas vezes mas que sobreviveu até os dias de hoje com sua belíssima catedral, prefeitura e ... a praça, mas o ideal é não começar por aí pois os arredores de Santiago tem muito a oferecer.

Chegando no belo aeroporto Arturo Merino Rodrigues o ideal é pegar um carro e seguir a Autopista Vespucio Norte e depois a Vespucio sul, em 40 minutos chegamos em Pirque onde se pode conhecer a vinicula Concha y Toro e se embebedar sem receio pois a idéia é se hospedar numa belíssima Casa de Campo dentro de uma plantação de trigo, salpicada com lindas Macieiras e Cerejeiras, o El Magnolio tem simplicidade e charme que não se encontra em hotel algum, para o jantar La Vaquita Echa, bem perto da pousada é dito como o melhor restaurante chileno, preço justo e um assado maravilhoso, sempre acompanhado de um bom vinho, uma noite tranquila aquecida pela lareira e acordar abrir a janela e ver a plantação de trigo no sopé das montanhas é algo inspirador. O café da manhã de uma casa de campo já é bom mas em companhia de Marie Hern, uma anfitriã graciosa e inteligente com uma vida muito interessante nos faz ter certeza da nossa opção entre a frieza de um hotel e a candura de uma casa de campo. 

Pela manhã, nada melhor que um passeio até San Jose de Maipo que é um lugarejo belo e em seguida passear pelos Andes, indo em direção Refúgio Valdez e a estação de esqui desativada de Baños Morales, em meio a montanhas gigantescas é possível parar o carro para fotos e explorar glaciares, cachoeiras e brincar na neve.

O Chile é tão estreito que é possível brincar na neve as 11:00 e colocar o pé no Oceano Pacífico as 16:00 e é em direção ao mar que vamos por lindas estradas para Viña del Mar e Valparaiso.

A seguir
http://encontrandonocaminho.blogspot.com/2015/06/santiago-do-chile-2-valparaiso-e-vina.html