quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Espanha parte 1

Bem ... e o que é a Espanha ? Ficam no meio entre a frieza francesa, e o sentimentalismo italiano. Talvez até como  instinto de sobrevivencia criou uma especie de egocentrismo, mas na verdade ela fii realme te o centro do mundo por um bom tempo. Há muito o que se pensar sobre a sociedade espanhola, um retalho de povos feudais que se uniu mas nem tanto.... um império que dominou o mundo mas que sucumbiu e que hoje produz pouco, importa muito e que mantém um grande padrão de vida que pode inspirar qualquer umas das suas ex-colônias. Suas ex-colônias também tem muito para ensinar à sua metrópole, pois sempre estiveram acostumados a viver longas crises como é essa que a Espanha vive hoje.
Embarcar para a Espanha em 2014 me traz um misto de curiosidade e encantamento, um país velho, carregado de dogmas arcaicos que se encontra dividido como sempre, e que vive um pleno processo de transformação.
Para muitos  e um país completamebte desenvolvido sendo parte do primeiro mundo, eu continuo pensando que ele.entrou nesse.circo pelas.portas dos fundos e por isso foi pego numa crise economica extrema com alarmantes taxas de 20% de deseprego. Continua sendo um pais foco de terrorismo, apesar da abertura ao dialogo feita pelo governo ter desarticulado o braço armado do ETA, ainda existe a AlQaeda e o Estado Islamico e sua voracidade escondida.
Hoje o pais basco quer separaçao, a catalunha quer separaçao e um plebiscito esta em discussão, o pais remexe o caldeirao dos crimes da guerra civil e do periodo franquista, sim a Espanha ferve.

domingo, 21 de setembro de 2014

Espanha - história 1

Os Pirineus deixaram a península ibérica separada de toda a Europa durante toda a pré história, isso porém não afastou a região de ter sido berço de diversos importantes achados pré-históricos, desde pinturas rupestres até um minguado desenvolvimento de agricultura em cerca de 7.000 a.c. Daí vieram a Idade do Cobre e do Bronze, em 1.000 a.c. tartessos ocupam importantes locais da região, 
celtas vem do norte, povos autóctones conhecidos como íberos misturam-se criando povoados cetilberos, mas suas culturas são dominadas nessa região pela chegada dos romanos em cerca de 700 a.c. 
A partir do século X a.c. , fenícios, gregos e cartagineses colonizaram postos comerciais ao longo de toda a península , houve então a introdução da metalurgia e uso do ferro e .... ainda bem, a produção de azeite e vinho. Seguida de "coisas menos importantes" como a forma de escrita ibérica !
A partir de 194 a.c. os romanos entram com tudo na região para taticamente isolar cartagineses  durante a guerra púnica, apesar da resistência lusitana a ocupação durou 600 anos e o legado deixado é uma organização urbana nos moldes romanos, a influência do latim, olarias, minas e tecelagem e o nome Hispânia (Ibéria). No declínio romano, povos bárbaros como os Visigodos entram na região estabelecendo uma ocupação urbana em Toledo, aí outra influência romana já estava enraizada, o catolicismo!
Igrejas como a San Cugat del Vallés em Barcelona, Santa María de Melque em Toledo e Cabeza de Griego em Cuenca são mostras da arquitetura Visigoda, plantas cruciformes, arcos em forma de fechadura, abóbadas com cúpulas, blocos alternados de tijolos e decoração com motivos vegetais e animais.
Em 710 o Rei Visigodo morreu e duas facções brigaram pelo trono, uma dessas facções solicitou apoio ao governador muçulmano do norte da África abrindo-lhe as portas de Ceuta para uma expedição militar, a idéia de proteção era baseada no fato de que judeus vinham sendo perseguidos na região com batismo compulsório e pela xária (lei islâmica) é obrigação do muçulmano defender os adeptos do livro (judeus e cristão). Estava lançada a sorte para os povos hispanicos, apesar de focos de resistência visigoda nas Asstúrias, a invasão muçulmana durou cerca de 800 anos se estabelecendo em Córdoba






 

domingo, 22 de junho de 2014

Viajante

Ser um viajante é algo como uma cultura de respirar outros ares, um viajante promove encontros de si com o mundo e daí com outras pessoas, lugares, nações. Um viajante cruza fronteiras e desbrava o planeta, pode ser na esquina de casa ou no continente Antártico. 
Muito mais que um turista, o viajante tem na viagem a filosofia de sua vida, o caminhar dos passos apertados para se deslumbrar e as vezes simplesmente parar para contemplar uma praça, um jardim, um gesto ou uma pessoa. Ou seja, qualquer coisa que seja muito diferente de um ponto turístico em geral, um viajante é sedento em cultura, curioso em descobrir e depois contar histórias e continuar vivendo sua viagem por muitos e muitos anos. E entenda-se cultura até como uma bela paisagem!
Nessa cultura, quase que mochileira vale aproveitar tudo com instinto descolado de luxos com percepção correta de consumo para passar despercebido no plano material e nem passar por estrangeiro, ou simplesmente de querer ser diferente da cultura local sendo tão simples quanto o que não o é no dia a dia. O  viajante prefere ser confundido com o povo local, pois só assim terá a impressão de ter vivido dias como alguém diferente, num estilo de vida diferente, comendo uma comida diferente e vendo a vida de outro ângulo, vivendo sua viagem e não só passeando por sua vida. Experimentar, é parte da compreensão que podemos adquirir na vida. É uma forma de sermos mais elevados aos conceitos de igualdade humanitária, conhecer é o início do caminho para se quebrar preconceitos, superar limites, expandir horizontes. Um viajante que vai nunca é o mesmo que volta!

domingo, 12 de janeiro de 2014

Mezzogiorno

Gosto de restaurantes onde sou recebido como membro da família, onde a comida é boa e farta, onde é possível ser recebido com o sorriso sincero pelo garçom, gerente, dono e cozinheiro. Se eu puxar da memória, foi assim, nas inúmeras vezes que fui ao Mezzo.  Lá, o sorriso é sincero e acolhedor e com essa atmosfera, o nosso próprio riso vem fácil, gerando então uma ótima oportunidade de viver e ser feliz.

Não lembro ao certo quantas vezes estive lá e nem desde quando, o certo é que seja a mais de 10 anos, e já estive nas mais diversas situações, em almoço de negócios, trabalhando com o laptop do lado, pensando na vida, sofrendo com a vida, celebrando com amigos do trabalho, comemorando aniversários, flanando pelo incrível centro histórico do Rio, com namoradas e sempre buscando novas, e boas experiências. Experiências essas, que são dignas de compartilhar, sempre que tenho um novo amigo, um novo amor, um novo colega de trabalho, "estreio" o Mezzogiorno. Lá o riso vem fácil, a conversa flui porque não estamos preocupados se a comida está boa ou se a conta estará errada, lá a descontração é tudo podemos viver e não se preocupar com o resto. É claro que já vi falhas no atendimento, mas a atmosfera acolhedora do pessoal da casa, nos dá a sensação de que estamos em casa, ou na casa de um parente.

O Mezzogiorno fica no segundo andar de um belo sobrado na Rua do Mercado, 51. Um autentico quadro negro na porta indica a entrada (escondida), já temi que o prédio desabasse, mas se durante esse tempo todo não ocorreu, não creio que esse seja o meu destino, até porque, ao longo desse tempo de cliente algumas obras melhoraram o local.... Uma austera escada de madeira, dá acesso ao segundo andar sempre com um ar condicionando amenizando o clima do centro do Rio, das janelas, a bela visão do Centro Cultural dos Correios, toalhas bem postadas, numa sacadinha cenográfica no fundo e uma bela visão da cozinha compõe o cenário. Treliças dividem alguns espaços, tornando-o uma pouco mais aconchegante, acolhedor e porque não dizer ... discreto! Ambiente propício até para um encontro amoroso extra oficial.....

Encravado no "centro cultural histórico do Rio" foi ali perto que se instalou a Família Real, que o Porto agitou a cidade, que a sede religiosa da cidade ditava os costumes, que o Senado se rendia aos dissabores da política. A boa opção de passeio ao Mezzo inclui sempre uma visita ao Centro Cultural dos Correios, do Banco do Brasil ou à Casa França Brasil. Almoçar, flanando pela cidade pode ser a melhor forma de se aproveitar o almoço. O restaurante nos dá a opção de viver bons momentos, e se puder dar uma esticadinha neles ....

O preço e a comida são pontos fundamentais ... você vai gastar um pouco acima de um almoço normal, mas não será um almoço normal! É um lugar para se frequentar em ocasiões especiais, considere gastar (a preços de janeiro de 2014), uns R$ 60,00 entre entrada, prato de massa, sobremesa e café. A massa é o carro chefe da casa, e apesar da culinária italiana, nos trouxer um extenso leque de opções, se concentre na massa pois as chances de sucesso são maiores. Dizem que o couvert é opcional, lá deveria ser instituído como obrigatório pois a compota de berinjela, os pães com calabresa, a sardela e até o bom e velho pão com manteiga são sensacionais. O nhoque de aipim é tudo de bom e os molhos ao pesto, ao sugo e alla calabresa são formidáveis. Certa vez comi um honesto spaghetti alla carbonara com um amigo que, constrangido pediu um pouco de molho ao pesto com nozes para molhar o pão!

 Como é um lugar para se sentir bem e comer bem, não se prenda em dietas ou outros limitadores do prazer. Coma uma sobremesa, ou reserve espaço para o capuccino, biscoitos e creme vão compor a bebida que nos faz descer dos céus depois de uma bela refeição.