terça-feira, 4 de setembro de 2012

Roteiros do Rio - O Rio Bossa Nova que acaba com qualquer tristeza

Rio Bossa Nova - o Rio que acaba com qualquer tristeza
Passeio a pé pelo Bairro de Copacabana apreciando as bundas, que, na praia, inspiraram tantos gênios da música. Uma visita a galeria Menescal, ao Beco das garrafas, em seguida a entrada por Ipanema para vivenciar o dia do bairro cantado em verso e prosa por Tom Jobim, João Gilberto, Ronaldo Bôscoli, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Baden Powell, Vinicius de Moraes, Newton Mendonça, Elizeth Cardoso, Marcos Valle, Nara Leão, João Donato, Johny Alf e muitos outros.
Passeio pela pedra do Arpoador, almoço no Felice, caminhada na praça  Nossa Senhora da Paz, ruas Barão da Torre, Nascimento Silva, Vinícius de Moraes, Vieira Souto até o Jardim de Alah. Fechando a noite na Lagoa Rodrigo de Freitas.

A bossa nova é um derivativo do samba com forte influência do Jazz, esse movimento musical surgiu no final da década de 50 pelas mãos do baiano João Gilberto. Logo o ritmo ecoou nas hordas de cantores e compositores  de classe média da zona sul carioca, o novo modo de cantar e tocar o samba causou uma reformulação estética, aproximou o samba de morro e se tornou um dos movimentos mais influentes da história da MPB e levou o nome do Brasil mundo afora.

A palavra bossa vem de um samba popular de Noel Rosa  criado décadas antes, o que enraíza mais ainda o caráter carioca da nova ordem estética. Para ouvir o samba que originou boa parte da bossa toda a segunda feira tem o samba do trabalhador no Clube Renascença do Andaraí, é isso mesmo, Bossa no Rio começa com samba. Também as segundas tem Roda de Samba e Choro no Bip Bip em Copacabana, e depois de ver na fonte a origem de tudo, chegou a hora de Bossa Nova.

A famosa Rua Nascimento Silva 107 em Ipanema era o endereço de Nara Leão, pouco se vê dos áureos tempos, então é melhor começar pelo Beco das Garrafas em Copacabana, mas precisamente na Rua Duduvier. Lá existe uma loja especializada em Bossa. Olhar a praia e o sinuoso calçadão de pedra portuguesa podem inspirar a caminhar até a Rua Figueiredo Magalhães e ir até a Nossa Senhora de Copacabana para ver a Galeria Menescal, com o estilo Art Deco.



Mais um pouco e chegamos no Arpoador com toda a bela visão de Ipanema, a caminhada pelo calçadão num ar mais calmo do que de Copa explica porque os poetas compunham nesse ambiente de Ipanema. Seguindo a Vieira Souto até a Rua Teixeira de Melo e entrando para o bairro podemos chegar na Praça General Osório e almoçar no estiloso Felice.

De lá subimos a Prudente de Moraes para ver o Vinicius Bar e o Garota de Ipanema andamos mais um pouco até a Joana Angélica para ver a Praça Nossa Senhora da Paz e a Visconde de Pirajá. Seguindo pela Barão da Torre e Nascimento Silva até chegar ao Jardim de Alah.

O entardecer na Lagoa Rodrigo de Freitas fecha o dia de encantamento e poesia, mas ninguém escutou música até agora, então é só procurar algum kiosk na própria lagoa ou um desses:

Bar do Tom
Rua Adalberto Ferreira, 32
Leblon – RJ
Tel.: + 55 21 2274-4022 / Fax: 2512-1243
Bossa Nova
Rua Domingos Ferreira, 215 -
Copacabana – RJ
Tel.: + 55 21 2549-7597
Chega de Saudade
Rua Dona Mariana, 81
Botafogo – RJ
Tel.: + 55 21 2535-4572
Bar do Belmiro
Rua Conde de Irajá, 503
Botafogo – RJ
Toca choro e tem roda de samba
Tel.: + 55 21 2539-1354
Allegro Bistrô Musical
Rua Barata Ribeiro, 502 d
Copacabana – RJ
Tel.: + 55 21 2548-5005
Lobby Bar
Av. Atlântica, 2964
Copacabana – RJ
Tel.: + 55 21 2548-6332
Clan Café
Rua Cosme Velho, 564
Cosme Velho – RJ
Tel.: + 55 21 2558-2322

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Roteiros do Rio - Rio de bar em bar

Rio de Bar em Bar - os botecos mais cariocas do Rio
 
Boteco é uma derivação do espanhol bodega, ou seja um lugar que vende bebidas, esse conceito se misturou no Brasil a armazéns e bares. No Rio, chamados de botequins e Belo Horizonte Barzin.

Em Terras de Bar Luiz, o Rio já teve excelentes botecos que perdem espaço para os fast food e restaurantes a quilo, boas lembranças do Penafiel, Choperia do Papai e etc. Boteco no Rio é assunto tão sério que esse patrimônio cultural da cidade esta na pauta de ações da prefeitura para trabalhar em sua preservação.

Já fui a diversos bares excelente no interior do Rio, em São Paulo, Belo Horizonte, Campinas, Buenos Aires, Paris e Curitiba, mas a aura do boteco carioca, seu jeito despretensioso, seu atendimento nem sempre cortês e os preços. Fazem dos bons botecos cariocas um reduto de interesse turístico. Não é um roteiro gastronômico como o que se pode fazer em São Paulo e mesmo no Rio. Se trata de um flanar no tempo.

Não há muito como se diferenciar um boteco popularmente chamado de pé sujo de um bar de elite, existem, claro algumas características marcantes (cardápio, bebidas, nível de serviço). Há quem diga que boteco só serve pra chopp e cerveja mas existem as excessões. Definitivamente não há um conceito próprio, não existe na concreto num boteco, é apenas um estado de espírito.

Imagem gentilmente bebida, digo, cedida por Márcio Henrique Guimarães)


Para começar dando um choque de realidade ao nosso estômago, uma média com pão com manteiga, a Padaria Manon no centro é boa nesse quesito. De lá pra esquina de Rua da Conceição com Leandro Martins tem a melhor empada que camarão do Rio, bom de se comer cedo, por volta das 9:00 que é quando elas saem quentinhas do forno. O beco é escondido atrás do colégio Pedro II  na Rua Marechal Floriano, ao se encontrar ele, se encontra também o Bar do Seu Jóia no quarteirão seguinte. O Jóia é conhecido pelo nome do seu falecido dono, um tenor que toda a manhã preparava os pratos sem camisa e ouvindo ópera, ao sinal do primeiro freguês, corria pra botar a camisa e servia as iguarias que ele achasse mais apropriado. Certa vez pedi um filet de peixe com purê, não demorou muito e me vem Seu Jóia trazendo um bife a milanesa, ao lhe comunicar o engano, tomei uma descompostura que mandava eu comer aquilo mesmo.... Sim ! Isso sim é boteco !! Foi o melhor bife a milanesa que comi na vida !

Mesmo com a morte de Seu Jóia, sua viúva (Dona Alaíde) ainda conduz os fogões da casa centenária. O nome correto do boteco é Café e Bar Rio Paiva.

Do canto sujo do centro, onde espera-se uma remodelação com o projeto do porto maravilha, vamos louvar a Pensão do Russo (Luso Brasileira), na Barão de São Felix, quase em frente ao Sentaí, o mítico restaurante de frutos do mar. No Russo come-se bem por preços populares, quase um boteco, mas é pensão.

Ainda na região, vale uma esticada na Rua Larga, esquina com Uruguaiana, no Bar Paladino
vitrines cheias de bons produtos, prateleiras de madeira escura como manda o figurino de qualquer bom armazém do século passado, o Paladino tem 103 anos, além da atmosfera, pratos sensacionais, desde o omelete misto ou um sanduíche. Os garçons são folclóricos e o chopp gelado, precisa falar mais ?  Ao lado dele um cafezinho honesto do Capital também nos remete a correria do início do século XX, e atravessando a rua temos o Beco da Sardinha, com vários bares que vendem a iguaria, a destacar o Rei dos Frangos Marítimos, nome português para as sardinhas, sempre bem acompanhadas de limão e só !

Mas vai ficar só no petisco sem almoçar ??? Que isso fera, vai ficar fraco! Então a caminhada pro Largo da Prainha será fundamental porque  lá o almoço no Angu do Gomes é garantia de qualidade e tradição num prato que era vendido popularmente em carrinhos pela rua, lembro de um que ficava na saída das barcas de Niterói. Se o seu forte não for o Angú, também no Centro tem o Pajé na rua Teófilo Otoni, o pão com manteiga é daqueles impossível de se ter igual em casa, o prato principal pode ser um Filet a Forrestier, chiquérrimo para um restaurante popular ! Por fim, uma banana flambada no conhaque e um café com creme. Dos Deuses !!

Se gosta de árabe, não perca no SAARA o Cedro do Líbano, entrada de Hommos, Babaghanouje e Coalhada Seca, petiscos de kibes e esfirras e caftas e depois é partir direto pros doces árabes.
http://www.restaurantecedrodolibano.com.br/

Tem a famosa feijoada do Mineiro em Santa Teresa, mas a do Bar do Adão costuma ser bem melhor, menos concorrida e podemos comer pastéis de entrada, minha sugestão vai para o Pastel Paulista !


Aí no início da tarde vale uma esticada no Morro da Conceição ou no Mosteiro de São Bento ou no Parque das Ruínas de Santa Teresa para descansar numa sombra de frondosa árvore e recomeçar lá pelas 17:00.  No Parque existe o bom café das ruínas, que pode dar um novo ânimo à vida!

Na hora de voltar para a comilança é bom lembrar do Bar Brasil com seu bolinho de carne, e Kassler com salada de batatas, isso mesmo o Bar se chama Brasil mas é um restaurante de comida alemã que se chamava Zepelin mas teve que se "converter" em função dos rumos da guerra, fato semelhante ao ocorrido no Bar Luiz, antes chamado bar Adolph e ao Colégio Alemão, que se tornou Cruzeiro. Tanto o Bar Luiz quanto o Bar Brasil, quase saem do critério boteco em função dos preços salgados, mas o chopp gelado e bem tirado ainda os coloca nessa categoria.
Na Rua do Lavradio, o Mangue Seco dá o tom, se for para beber uma cachacinha que seja na Adega Pérola em Copacabana. Ou se for uma batida, a boa é o Bar do Oswaldo na Barra. No Grajaú a Linguiça Croc do Enchendo Linguiça faz frente ao joelho de porco da mesma casa. Estando no Grajaú , vale a pena conhecer o Petisco da Vila, no boêmio bairro de Noel e o Da Gema, na Tijuca, o boteco é novo mas ataca com o sucesso do seu pastel de feijoada, ainda perto existe o Bar do Nono, ponto de encontro de baluartes da música e ao lado de um pé limpo que tem uma esfira de queijo com presunto sensacional. E na Rua Garibaldi o Bar da Dona Maria.

No morro da Conceição o Imaculada  entrou no halll dos botecos da moda, como comida boa, mas quase cara.
http://www.barimaculada.com.br/

 O Boteco Carioquinha perto da Rua do Riachuelo, e o Armazém São Thiago em Santa Teresa, completam o rolé, mas aí tem a saideira e a sugestão é migrar para a zona sul, Pavão Azul perto da Siqueira Campos ou curtir a  noite, no boteco com a melhor vista do Rio, o Bar Urca vende iguarias do outro lado da Rua e de frente para a praia da Urca.

Se a esticada for longe, bem na madruga o bom é o sanduíche de pernil com abacaxi no Cervantes.

São Thiago

http://www.restaurantecervantes.com.br/restaurantes.html

Uma lista interminável:

- Academia da Cachaça: Rua Conde de Bernadote 26, Leblon (2239-1542)
- Aconchego Carioca: Rua Barão de Iguatemi 388, Praça da Bandeira (2273-1035)
- Antigamente: Rua do Ouvidor 43, Centro (2507-5040)
- Baixo Araguaia: Rua Araguaia 1709, Freguesia/Jacarepaguá (3392-3760)
- Bar Adonis: Rua São Luiz Gonzaga 2.156, Benfica (3890-2283)
- Bar Brasil: Avenida Mem de Sá 90, Lapa (2509-5943)
- Bar do Mineiro: Rua Pascoal Carlos Magno 99, Sta. Tereza (2221-9227)
- Bar Urca: Rua Candido Garffrée 205, Urca (2295-8744)
- Belmonte: Praia do Flamengo 300, Flamengo (2552-3349)
- Botequim Casual: Travessa do Comércio 26, Centro (2221-2626)
- Bracarense: Rua José Linhares 85, Leblon (2294-3549)
- Enchendo Lingüiça: Avenida Engenheiro Richard 2, Grajaú (2576-5727)
- Gracioso: Rua Sacadura Cabral, Praça Mauá (2263-5028)
- Jobi: Avenida Ataulfo de Paiva 1166, Leblon (2274-5055)
- Mangue Seco: Rua do Lavradio 23, Lapa (3852-1947)
- O Original do Brás: Rua Guaporé 680, Brás de Pina (3866-1313)
- Pavão Azul: Rua Hilário de Gouveia 71, Copacabana (2236-2381)
- Petisco da Vila: Avenida 28 de Setembro 238, Vila Isabel (2576-5652)
- Petit Paulette: Rua Barão de Iguatemi 408, Praça da Bandeira (2502-2649)
- Restaurante Siri: Rua dos Artistas 02, Vila Isabel (2208-6165)
- Varnhagen: Praça Varnhagen 14, Maracanã (2254-3062)

Boteco é lugar para fazer amigos, comer comida despretensiosa e a preços populares e sem dúvida beber uma cerveja bem gelada ou uma caipirinha (de cachaça).

domingo, 2 de setembro de 2012

Roteiros do Rio - A História passou por aqui - parte 1

Rio é história - das invasões francesas aos governos militares o Brasil passou por aqui - Parte 1

É dia de acordar bem cedo para um passeio a pé começando na praça da República  e seguindo a rua Larga  e Palácio do Itamaraty, Palácio Duque de Caxias Morro da Conceição (com refresco no Bar Imaculada), Mosteiro de São Bento e seguindo pelos centros culturais ( Light, Correios, França Brasil, Banco do Brasil, Marinha ), com passeio a Ilha Fiscal e almoço no Mezzogiorno.
O roteiro foi dividido em 2 para que se possa ter tempo para visitações mais detalhadas, mas nada impede de uma passagem mais rápida basta ter disposição...


Praça da República - aqui em 1889, Benjamin Constant requisitou a Marechal Deodoro da Fonseca que proclamasse a república, é possível ver a casa em que o segundo residia, a praça da república em frente é bonita porém um pouco mal cuidada, é rodeada por prédios históricos como o Quartel General dos Bombeiros, onde funciona um interessante museu da corporação. Em reforma temos o antigo prédio do Arquivo Nacional e o novo, onde funcionava a Casa da Moeda, porém histórico mesmo e pouco conhecido é o Palácio do Conde dos Arcos, residência do último vice -rei do Brasil, com a chegada da família real portuguesa em 1808 o cargo de vice-rei perdeu sua função e o prédio serviu para abrigar parte da corte, em 1824 transformou-se no Senado Imperial e posteriormente Senado Federal até 1925, graças a isso importantes documentos da nossa história foram concebidos nessa casa que hoje abriga a Faculdade de Direito. Atravessando a Avenida Presidente Vargas vemos a Central do Brasil e o Palácio Duque de Caxias, daí é possível chegar a ...

Av. Marechal Floriano - antiga rua larga, que já em 1632 era o acesso aos portos do Valongo e ao Morro da Conceição, posteriormente abrigou armazéns de escravos, e currais e estacionamento de bondes que funcionava onde hoje encontramos ...



Centro Cultural da Light - um moderno centro cultural funciona no belo galpão que servia a  Companhia de Carris Urbanos.


Palácio do Itamaraty - o prédio de estilo néo clássico foi a sede do primeiro governo republicano e posteriormente ministério de relações exteriores.




Descendo a Av. Marechal Floriano ainda é possível ver o ......


Colégio Pedro II - num belo casarão reformado por Grandjean de Montigny, nesse colégio estudaram expoentes como: Joaquim Nabuco, Barão do Rio Branco, Visconde de Taunay, Washington Luis, Rodrigues Alves, Nilo Peçanha, Hermes Fonseca, Paulo de Frontin, Raul Pederneiras, Manuel Bandeira, Afonso Arinos de Melo Franco, Mário Lago, Gilberto Braga e outros mais. Caminhamos mais um pouco até chegar na subida do Morro da Conceição perto da Rua do Acre, se a fome apertar na esquina com a Rua Uruguaiana um honesto sanduíche no Bar Paladino pode resolver. Mais a frente é possível ver a Igreja de Santa Rita de Cássia e o prédio da Casa da Moeda.

Morro da Conceição  -  foco primário da ocupação portuguesa na cidade, Rua do Jogo da Bola e a Ladeira João Homem mostram uma arquitetura simplista portuguesa, além disso é possível ver o Palácio Episcopal, atualmente ocupado pelo Serviço Geográfico do Exército e a Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição.
Curiosamente os bispos tiveram que sair de perto da vizinhança bélica, se mudando para a Glória, porque o barulho das salvas de canhão atrapalhavam a missão espiritual.
Escondido nos becos de um Rio esquecido, o Morro da Conceição tem valor histórico incalculável, aqui começamos a ver um Rio francês pois sua fortaleza foi idealizada durante a invasão dos mesmos em 1711 pelo corsário René Duguay- Trouin.
Ainda é possível ver a Igreja de São Francisco da Prainha e em sua face oposta podemos encontrar o Observatório do Valongo e seus Jardins Suspensos, onde se estabelecia um armazém de escravos até se prestar ao mundo da ciência no século XX. Descendo pela Rua do Jogo de Bola chegamos à Pedra do Sal, que antes dos diversos aterros que a região sofreu, era um cais de navios negreiros vindos da África, devido a isso, a região abrigava um recém descoberto cemitério de negros que vinham debilitados da travessia trans-oceânica. A região também abrigava um grande mercado negreiro e vivia uma efervescência e miscigenação cultural marcante. Era um local conhecido como a Pequena África, teve de centros de candomblé a ponto de encontro de estivadores baianos, nas suas ladeiras criaram-se as primeiras  rodas de samba e daí os entrudos que mais tarde formariam a base para as atuais escolas de samba. Hora de um refresco, na ladeira João Homem é possível curtir um típico boteco carioca, o Bar Imaculada.


Praça Mauá - descendo o Morro da Conceição em direção a Praça Mauá, é possível ver o Porto do Rio numa construção Neo Clássica linda. Futuramente daqui, será possível seguir pelo Porto Maravilha, ir a Cidade do Samba ou ao Museu do Amanhã. Do lado oposto ao porto vemos o Prédio A Noite, que abrigou o jornal de mesmo nome e a mítica Rádio Nacional de onde foram transmitidas as radionovelas que enriqueceram o imaginário do brasileiro e foram responsáveis pelas matrizes que formam hoje o Rádio e a TV brasileiras com música, a informação, o humor, a dramaturgia, o esporte e os programas de auditório. O edifício de 1930 foi o primeiro Arranha Céu do Rio com o equivalente a 30 andares, em sua época, foi o maior do mundo construído em concreto armado. Seguindo para a Avenida Rio Branco (antiga Avenida Central), a principal marca da reforma urbana realizada pelo prefeito Pereira Passos no início do Século XX, inspirada nos Bulevares francesas do Barão Haussmann, tentou ser uma cópia da Champs Elyseé quando da sua abertura em 1905. Seus prédios originais tinham estilo eclético e alguns poucos ainda podem ser vistos. A idéia é ir cortando a Rio Branco em pontos específicos, logo vamos seguir a esquerda para o Morro de São Bento.

Morro de São Bento - assim como o Morro da Conceição, ao lado,  essa elevação foi importante para a proteção e vigília da cidade no Brasil Colonia, em 1590 monges beneditinos construíram um mosteiro que se tornou um dos mais importantes exemplos de arte colonial do Brasil, o Mosteiro de São Bento funciona num prédio Maneirista começou a ser construído em 1633 e seu interior de talha dourada resumem o estilo barroco encontrado por todo o país. Aos domingos uma missa com cantos gregorianos atrai turistas, curiosos e até católicos! Seguindo pelo Arsenal de Marinha nos deparamos com a imponente Igreja da Nossa da Candelária.



Igreja da Candelária - uma tempestade quase teria feito naufragar um navio chamado Candelária, no qual viajavam um casal espanhol viajava. O casal teria feito a promessa de edificar uma ermida dedicada a Nossa Senhora da Candelária se escapassem com vida. Aportaram no porto do Rio em 1609 e a promessa foi cumprida, depois disso sofreu uma monumental ampliação até que em meados do século XIX teve seu desenho como o atual, um dos grandes problemas arquitetônicos que teve foi o fechamento da cúpula com a tecnologia da época. Curiosamente a Candelária parece estar de costas para a via principal da cidade, a Avenida Presidente Vargas, porém é só lembrar que na época de sua construção a porta de entrada do Rio era o mar, logo fica provado que está no lugar certo. Existe uma lenda urbana de um projeto de se congelar as bases da igreja para uma rotação, mas esse projeto realmente existiu para a Igreja de São Pedro que foi demolida quando da construção da Avenida Presidente Vargas.



Mezzogiorno -  a parada para um almoço tardio é imprescindível agora a boa sugestão fica atrás do Centro Cultural Banco do Brasil, comida italiana de primeira, Mezzogiorno, Rua do Mercado número 51, é só subir as escadas do belo casarão e relaxar com o couvert, prato de massa, um bom vinho e a sobremesa. De lá para o Centro Cultural da Marinha primeiro para poder fazer o passeio a Ilha Fiscal a tempo.

Centro Cultural da Marinha - tem um ótimo passeio a Ilha Fiscal de 5a feira a domingo. Horários: 12h30, 14h e 15h30. Por isso é bom pensar bem no dia de fazer esse roteiro, ao chegar no local o ideal e arranjar logo os bilhetes para o passeio e depois conferir o resto do acervo. A Ilha Fiscal tem um Castelo Neo Gótigo conhecido como a jóia da coroa imperial brasileira e por isso foi nele que ocorreu o último baile do impérios, dias antes do fim dessa era. Durante muito tempo o prédio da Ilha dos Ratos serviu para o controle alfandegário dos barcos que adentravam o porto do Rio, daí seu nome.
Voltando ao Centro Cultural, é possível fazer também um passeio pela Baía de Guanabara a bordo do rebocador Laurindo Pita, além disso é possível ver a  Galeota D. João VI do século  XIX, o  Submarino Riachuelo, a Nau dos Descobrimentos, o Helicóptero Museu e o Navio-Museu Bauru, um contra torpedeiro-escolta que participou da Segunda Guerra Mundial. Voltando ao largo dos centro culturais, é melhor seguir uma ordem para evitar o fechamento deles, então a idéia é ir primeiro ao ...

Centro Cultural dos Correios - num prédio de estilo eclético, é sempre possível ver uma boa exposição ou show, ao lado dele temos outro grande marco da arquitetura do início do século XX.

Centro Cultural dos Correios

 Casa França Brasil - em estilo neoclássico, o prédio mantém exposições temporárias que pode ser interessantes. Mandado erguer em 1819 por D. João VI ao arquiteto Grandjean de Montigny, integrante da Missão Artística Francesa, esse prédio veio a ser o primeiro do estilo neoclássico  no Rio que, a partir daí, invadiu a cidade, alterando o barroco e o estilo de casas coloniais para dar um tom mais cosmopolita bem ao estilo europeu. Nascia aí um Rio para o mundo! Em 1816, o literato Joaquim Lebreton foi incumbido de reunir artistas franceses dispostos a acompanhá-lo ao Brasil para constituir o núcleo de uma Academia de Belas Artes, nos moldes da Academia de Paris. o pintor Jean-Baptiste Debret que fazia parte da missão foi outro expoente da missão que mudou os moldes da cultura do país, inclusive retratando-o como poucos.
Nesse prédio funcionou uma praça de comércio num momento em que o Brasil abria seus portos aos países amigos de Portugal, mas em 1821, quando o Rei D. João VI decidiu voltar a Portugal, numa reunião à Praça do Comércio, o povo rebelou-se, solicitando, entre outras coisas, a promulgação de uma constituição liberal. A ousadia foi gravemente reprimida pelas tropas reais, com a invasão do prédio e o ataque a tiros e baionetas contra os amotinados. O evento fez o prédio ficar conhecido como o "Açougue dos Bragança".

Casa França Brasil

Centro Cultural Banco do Brasil - no prédio, onde funcionava a antiga sede do Banco, o centro cultural traz movimento cultural de altíssima qualidade e um acervo fixo ligado a numismática. Funciona de terça a domingo das 10:00 as 21:00 e é imperdível ver um pouco das mostras e exposições que o belo prédio neoclássico abriga. É um bom lugar para um chá, seguindo para a rua atrás do Centro Cultural podemos ver o belo prédio do TRE (futuro museu do tribunal) e seguir a Travessa do Comércio e respirar um ar nostálgico até descobrir ...



Igreja de Nossa Senhora da Lapa dos Pescadores - construída em 1743, com uma fachada belíssima, quando da eclosão da Segunda Revolta da Armada contra o governo de Floriano Peixoto, a sineira da igreja atingida por um tiro de canhão (25/09/1893), esse tiro derrubou uma estátua alusiva à religião , que apesar da queda de 25 metros, poucos danos sofreu, o episódio foi tido como um milagre e tanto o projétil quanto a estátua estão expostas na sacristia. Esse milagre teve ainda um episódio tido como maldição, anos mais tarde o encouraçado Aquidabã, que fez o disparo, explodiu na baía de Angra dos Reis, com 212 tripulantes, entre eles o filho do ministro da marinha, seu pai assistiu a tudo de um outro navio e nada pode fazer, as causas da explosão até hoje são desconhecidas e o naufrágio é ponto de mergulho em Angra dos Reis. Os arredores da igreja tem movimentação de bares e restaurantes até o ....

Arco dos Teles -  no número 13 da rua residiu por um tempo Carmém Miranda. Aqui pode-se parar para um jantar ou happy hour, se ainda houver perna para isso...
Ao fim do conjunto arquitetônico, datado do século XVII, vemos o que restou dos arcos abatidos da residência da família Teles de Menezes, daí o nome o lugar chegou a abrigar a Camara do Vice Reinado e foi destruída por um incêndio em 1790. Em frente ao Arcos dos Teles se descortina o mais importante acesso a cidade por muitos séculos, apesar de toda a costa se coberta por pequenos portos e atracadouros, o da praça XV foi o principal até o início do século XX, por ser um local público e aberto é até possível de ser vista durante a noite, porém por ser um local deserto não seria bom facilitar que se faça uma visita detalhada no dia seguinte.




Roteiros do Rio - Do Leme ao Pontal

Rio Do Leme ao Pontal - Dia 1 - passeio de carro por todas as praias e um tremendo visual


O melhor do Rio é chegar cedo para aproveitar o dia. O aeroporto internacional Antonio Carlos Jobim é moderno e espaçoso, vive o momento de marasmo mas deixe ele para os vôos internacionais, se o seu vôo for nacional mesmo, prefira a chegada pelo charmoso Santos Dumont, parte da história da aviação no Brasil. O aluguel de um carro nesse dia é essencial e assim que acertar tudo pode se passar pela cabeceira da pista do Santos Dumont com vista da Glória, Aterro do Flamengo e Pão de Açúcar e o contorno do maciço da Tijuca ao fundo.


 Seguir a pista do Aterro do Flamengo com atenção a primeira curva que dá um 360 na vista da cidade.
De carro até o Leme e aí seguir a orla com parada para banhos, água de coco e almoço na beira da praia. O roteiro na ordem é o seguinte:

  • Santos Dumont- charmoso aeroporto com uma cabeceira de pista inigualável, onde se pode ter uma vista de Niterói, da Ilha de Villegagnon (onde  Nicolas Durand de Villegagnon estabeleceu a França Antártica durante de invasão francesa de 1555), da Ilha Fiscal (onde aconteceu o último grande baile do império), Outeiro da Glória, Aterro do Flamengo e a entrada da Enseada de Botafogo. Fica pertinho do Museu de Arte Moderna e do Monumento aos Soldados, de forma que é possível uma visitinha.
  • Outeiro da Glória - no passado o mar batia bem perto da histórica igreja que pode ser acessada pelo plano inclinado que sai da praça em frente (nessa praça é possível ver um Museu de Getúlio Vargas.
  • Aterro do Flamengo - linhas de Burle Max e Oscar Niemeyer, num belíssimo parque com espaço para todo o tipo de lazer, nos domingos o acesso de carros é fechado e é possível ver gente de todas as tribos no melhor estilo carioca.Vale a pena esticar até o Castelinho do Flamengo ou Museu Carmem Miranda se o tempo não for preocupação.
  • Praia do Flamengo - poluída, mas com uma bela visão da entrada da Baia de Guanabara
  • Praia de Botafogo - poluída, no final dela (indo em direção à Praia do Flamengo é possível beber uma deliciosa água de coco apreciando a brisa. Perto da churrascaria Porcão existe o Monumento a Estácio de Sá, de onde se tira uma das melhores fotos do Pão de Açúcar.
  • Vale uma subidinha rápida no Mirante do Pasmado em Botafogo, onde é possível ver todo o contorno da enseada de outro angulo, além disso o Bairro da Urca também deve ser visitado num outro dia.
  • Leme - um canto de praia, calmo, das suas pedras é possível ver todo o contorno da Princesinha do Mar, Copacabana. O forte do Leme deve ser visitado.
  • Copacabana - como praia existem opções melhores, o burburinho do bairro é que faz a sua fama. O forte de Copacabana deve ser visitado.
  • Praia do Diabo - escondida entre as pedras do Arpoador, lá o mar tem fama de ser forte, mas é um bonito angulo da cidade.
  • Arpoador - linda vista de Ipanema e Leblon, vale a pena parar o carro e andar pelo calçadão até as pedras para então subí-las e apreciar a vista. Tem um bonito parque ao lado com uma vista deslumbrante.
  • Ipanema - boa praia, lugar eclético o bairro em si reflete bem o sentido de ser carioca.
  • Leblon - boa praia, calma nos finais de tarde e início de manhãs. Vale a pena visitar o Parque do Penhasco Dois Irmãos com acesso pela Rua Aperana, no Alto Leblon.
  • Avenida Niemeyer- contornando a montanha na beira do mar, as curvas descortinam paisagens deslumbrantes nos dois sentidos.
  • São Conrado e Praia do Pepino - lugar ideal para ver a descida de Asa Deltas e Ultra Leves que saem da Pedra Bonita. Em geral as águas estão impróprias para o banho.
  • Praia da Joatinga - quase uma praia virgem, tem acesso controlado por um condomínio de alto padrão, a praia é linda.
  •  Barra da Tijuca - com 18 Km é a maior do Estado, belíssima e que tem variados points para lazer diferenciado, nela é possível comer num quiosque apreciando o mar, dar um bom mergulho e se deixar largar pela areia quente. Existem points para crianças, para praticantes de kite surf, surf, futebol de areia, futvolei e etc.
  • Reserva da Barra - mais rústica e não menos bela.
  • Recreio - mais longe e igualmente bela. É dita como uma praia "mais família".
  • Praia do Pontal e Macumba- aqui as ondas em geral ficam fortes, vale a subida no Morro do Pontal para ver as ondas de duas praias batendo na mesma pedra.
  • Prainha e Grumari - lindísismas, o lugar ideal para um peixe a beira do mar e respirar o ar puro, sentir a brisa tranquila e ver ondas belíssimas do mar agitado. Em Grumari o Parque Ecológico deve se visitado, atenção para as sinuosas curvas da estrada que criam paisagens deslumbrantes.
Daí, é voltar pra curtir um bom fim de tarde (pode ser no Pier da Barra) apreciando o por do sol. Complete com um jantar no Gula Gula da Barra pra fechar esse dia de tantas belezas naturais.
http://www.gulagula.com.br/

P.S.
 Durante o trajeto curta a praia aonde mais lhe convier, sugiro a reserva da Barra da Tijuca como a praia mais tranquila e com alguma infra estrutura, do Recreio em diante as praias são lindas e mais desertas. Se a idéia é alguma coisa mais badalada Ipanema é um point eclético, moderno e bonito, Leblon é aristocrática e bonita.

As praias do Rio nem sempre tem a água com uma temperatura quente, mas o corpo logo se acostuma e um mergulho dá sempre uma sensação boa.
Combinar um mergulho com um banho de cachoeira é sempre bom, e um programa fácil de se fazer. fica faltando um banho de chuva de verão pra completar o ciclo das águas!
Respeitar o mar é tudo! Já vi muitos bons nadadores entrarem numa furada por quererem se arriscar num mar que não conhecem.

Use filtro solar !



Roteiros do Rio - Flanar e o espírito carioca

Flanar é passear ociosamente, sem objetivo ou direção certa. Esse é o disposto que mais se assemelha ao viver de um carioca, e diga-se carioca todos aqueles que tem o mesmo espírito, nascido ou não na Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

É muito fácil caminhar sem destino e encontrar todos pelo caminho da Cidade Maravilhosa, mas o melhor do passeio são os cariocas, a história, o sorriso, e sim, as belezas naturais muito bem aproveitadas por quem sabe flanar. Sim somos um porto e como porto, temos um viver descolado, parecemos sempre uma embarcação a deriva, buscando novos portos, e descobrindo o mundo, vivendo...é essa a alma do carioca.







Encontrar um encanto em cada esquina é uma arte de poucos observadores, muitos descobrem em guias turísticos, outros vivem o dia a dia da cidade e não se dão conta da História que passa debaixo dos seus pés. Tem muitos que vão a Paris, Tokio, Nova York sem conhecer sua própria atmosfera, sempre com guias turísticos debaixo do braço, sem viver, sem sentir ... sem flanar!

Cheiros... sabores... olhares... momentos, a tudo isso brindamos aos que querem descobrir por si só, morando ou não na cidade, com guias para ajudar, mas sempre com o espírito de se viver ! 
Flane ... viva!

Paris - Outros pontos de interesse

Opções não faltam para passeios mais elaborados dentro da própria Paris

Centro Pompidou - apenas uma arquitetura bonita.

Cite De Las Ciences - interessantíssimo parque com experiências científicas para se deliciar durante um dia inteiro, ideal para crianças mas o problema é que os adultos acabam retornando uns 20 anos de idade. Do centro é possível se chegar ao Citte em Porte de la Villette pela linha 7 do metro.

http://www.cite-sciences.fr/fr/cite-des-sciences/


Bois de Boulogne - com lindos jardin, esse parque verde a oeste da capital francesa é imenso e tem aluguel de bicicletas, barcos e pistas para caminhada, o passeio pode ser melhorado  pois existem restaurantes, clubes hípicos e locais para pesca. Parques para crianças e um pequeno Zoológico completam o parque.

Os esgotos de Paris - atração de interesse desde 1800, os esgotos mostram um pouco como funciona a cidade e depois da segunda guerra passaram a ter uma importante referência histórica pois abrigaram a resistência francesa durante a guerra. Mal cheiroso mas típico.

Arc de La Defense - belos arranha céus alinhados com a porta do Louvre (assim como o Arco do Triunfo e Arco do Carroussel. 
Museu Roudin - com obras do escultor
Hotel Carnavallet - uma bonita e aristocrática casa parisiense contando a história da cidade.

Saindo de Paris podemos seguir por ótimos passeios ao redor da cidade e mesmo puxadas maiores, em geral tudo possível de se fazer de trem.

Disney de Paris
Ir a Bélgica (Bruges) e esticar até a Holanda em 4 dias.
Pegar um avião para ir a Londres
Ir para o Sul da França (Dijon / Lyon / Avingnon / Marseile / Toulon / Nice / Monte Carlo)
Vale do Loire (castelos)
Forte Saint Michel no litoral
Reims


Cada pessoa tem seu jeito de conhecer Paris, eu gosto de pé no chão, mas muitos gostam da praticidade do ônibus circular de turismo que faz paradas nos pontos principais, pode ser uma boa opção pela rapidez, porém muito se perde do que podemos conhecer de surpresa se perdendo pelas ruas.

http://cdn.pariscityvision.com/media/catalog/product/PLAN_POT.pdf

PS essas informações podem repentinamente estar desatualizadas, mas é uma boa base, porém o melhor de Paris é descobri-la!

Paris - roteiro diário de 5 dias

Dia 1




Chegando no aeroporto passar no terminal turístico, pegar mapas, comprar bilhetes e sacar algum dinheiro. Sim você chegou em Paris, agoraé só aproveitar e pegar o trem (RER) em direção ao centro (e possivelmente ao hotel), deixe as malas e de lá partir para uma volta pelos arredores (estação Luxemburgo é bom ponto de partida) ,os Jardins de Luxemburgo, o Panteon  e as belíssimas igrejas de Saint Germain des Pres e Saint Sulpice (no Boulevard Saint Germain existe uma boa farmácia para as mulheres se deliciarem com preços baixos de cremes e maquiagem) e no Boulevard Saint Michel  visite o Museu Clunny (da idade média), é importante no final da tarde ir para a Torre Eiffel (estação La Molte Piquet Grenele), isso é o principal desse dia, se não conseguir fazer o que tem antes da torre deixe para outro dia. A fila é grande e é bom ver a vista tanto de dia quanto de noite, logo daí a importancia de estar lá em cima ao entardecer. De lá, partir para a Place Du Trocadero (que fica em frente), e seguir pela aristocrática Avenida Klebér até o Arco do Triunfo, existe uma passagem subterrânea para atravesar a rua,  a noite mesmo é possível conhecer o arco e subir ao topo (vale a pena!), muito cuidado com assaltos aqui! Por fim se sentir um cidadão do mundo caminhando pela Champs Elysee (passar na FNAC para comprar o bilhete do Louvre, caso não tenha comprado o passe de museus). Como o dia foi pesado por conta da viagem e fuso, melhor ir pro hotel se recuperar (existem estações de metro ao longo da avenida, mas uma boa opção é a estação Franklin Roosevelt

Dia 2



Acordar e ir direto pro Louvre (estação Louvre - Rivoli ) é importante chegar de metro pois existe uma entrada por dentro da estação que fica infinitamente mais vazia que a entrada da piramide que tem uma fila grande. O Louvre é imenso e pode se perder um bom tempo lá, se puder tomar um café rápido lá dentro e almoçar mais tarde (uma boa opção de almoço é ao lado do Louvre no Palais Royal que tem alguns restaurantes bons e baratos em volta). Pelos jardins do Louvre caminhar em linha reta pela coluna cervical de Paris ...  Arco du Carrousel, Tulherias, Place de La concorde (Obelisco) e no lado esquerdo das Tulherias o Petit e Grand Palais, por fim a boa e velha Champs Elysee se quiser jantar existem bons restaurantes na Avenida Wagram (perto do Arco do Triunfo).

Dia 3



Chegar bem cedo para conhecer o miolinho de Paris, existe um início pela Notre Dame, na Ille de La Citte, (estação citte) e em frente temos as Catacumbas de Paris que merecem uma visita rápida (com o passe !) Conhecer a Notre Dame e subir nas torres, atenção as marcas da antiga igreja marcadas no chão da praça e o marco 0 de Paris. Depois de visitar a igreja é bom andar para tras fazendo um passeio pela charmosa Ille St Louis, por fim ir no Palacio da Justiça, Saint Chapele (atenção para uma escadinha escondida que da acesso ao segundo andar) e La Conciergerie (o entreposto da gilhotina). Caminhar pela margem esquerda do Sena apreciando enfim o rio e sua pontes, passar pelo Instituto da França e enfim chegar no Museu D'Orsay. A noite vale a pena um jantar romântico num restaurante qualquer da Ille St Louis.

Dia 4



Pela manhã cedo é bom ir passear no Jardim de Plantas (estação Saint Michel) e ir no Instituto do Mundo Árabe, é possível atravessar o Sena caminhando até a Place des Vosges e a Bastilha porém o melhor é pegar o metro Jussieu direto para a estação Opera. Ir na Opera de Paris (mais feia que o nosso teatro municipal!), na igreja de Madeleine e Galeries Lafaiete (no terceiro andar é possível tirar uma boa foto da Opera). De lá para Pont D L'Alma pegar o Bateaux  Mouche para um passeio pelo rio Sena (almoçar durante o passeio pode ser uma boa opção dependendo do preço) na volta seguir para o belíssimo Parc Monceau (estação Monceau) e depois para Pigale (estação Avers), seguir até o Furniculare de Montmatre e subir para a Sacre Cour, assim como na Torre Eiffel, é bom chegar aqui no final da tarde pois a vista é linda de dia e de noite, é preciso ter atenção pois a visita as torres fecha as 17:00, assim como o Centro Dali, por fim passear pela Place du Teatre e jantar por lá. Na descida  dêem uma olhada no museu do sexo (perto da estação Avers e do Moulin Rouge).

Dia 5

Sair bem cedo e pegar o RER em direção a Chartres  na Gare de Montparnase (sim sim .. deixar Versailes para depois) a igreja gótica de Chartres é belíssima na volta (também de RER) aí sim parar em Versailes, no caminho para o palácio veja o prédio da prefeitura  e enfim desfrute dos belos e imensos jardins e do Grand e Petit Trianon com porcelanas e penicos do Rei sol !!  (veja a semelhança do Petit Trianon com o prédio da Academia Brasileira de Letras) enfim o museu. Na volta há quem goste de entrar no Cemitério de Montparnasse, creio ser melhor subir na Torre que fica ao lado. Se der tempo ir no Hotel dos Inválidos na tumba de Napoleão. A noite que tal bater perna pelos bares do Quartier Latin ?

Paris - considerações gerais

Como muitas pessoas me perguntam sobre um roteiro para conhecer Paris, resolvi colocar no blog pois sempre perco o email original que eu montei com as dicas. O diferencial desse blog é tentar dar uma visão de dia a dia, percurso e etc. 

Esse roteiro é baseado em estudos que eu fiz e em muitas roubadas que entrei quando estive por lá.



Considerações gerais:

Locomoção - é melhor que seja a pé e de metro (assim evitamos o congestionamento e podemos se deparar com uma surpresa a cada esquina). Ainda assim existem os Velib (bicicletas de aluguel por tempo) o uso de bicicleta é uma ótima opção, mas preferi deixar esse meio de transporte para cidade menores ou que conheço melhor.
Não é difícil se localizar pelo centro de Paris um mapa da cidade de do metro resolvem qualquer problema. Em qualquer balcão de turismo é possível pegar um mapa para cada um do grupo (caso se perderem um do outro) é importante ter o endereço do hotel e a indicação da saída de metro mais próxima.

http://www.ratp.fr/
http://www.velib.paris.fr/

Bilhete de metro - essencial ! Também comprado no balcão de informações turísticas do terminal 2 do Charles de Gaule, se tiver algum problema nesse balcão, existe outro no terminal 4 !!

Translado aeroporto - cidade - existe um TER que é uma espécie de trem com integração de metro onde é possível tranquilamente sair do aeroporto até uma estação de metro (só evite os horários de rush e a estação Chalete) normalmente os vôos do Brasil descem no terminal 2 do Charles de Gaule e de lá é fácil ir para as estações de Gare du Nord ou St Michel Notre Dame (onde existe integração com o metro).


Moeda - costumo sacar dinheiro nos caixas CIRRUS e pagar no débito automático, mas é sempre bom levar uns euros para os momentos iniciais. As bandeiras de cartões de créditos mais populares do Brasil são bem aceitos em toda a Europa.

Língua - em Paris se fala inglês numa boa e atualmente muitos estabelecimentos contratam portugueses para ter uma interação melhor com os milhões de brasileiros que invadem Paris.

Hotel - existem aos milhares existem opções baratas perto da Opera de Paris (Williaws) ou perto de Pace Italie (Hotel Port Royal) ou no Qartier Latin (La Demeure na estação Saint Michel) todos na faixa de 170 reais a diária comprando no hoteis.com ou decolar.com. Uma rede hoteleira boa por lá é o Citadines, porém o preço é mais salgado. Alugar um apartamento pode vir a ser uma ótima opção para viagem em grupos maiores.

http://www.citadines.com/
http://www.decolar.com/
http://www.hoteis.com/


Comida -cafe da manhã no hotel pra que ? Existem milhões de opções melhores, mais diversas e mais baratas na rua, até o Mc Donald's tem ótimas opções. Vale a pena gastar um pouco num jantar mas em geral comer na rua e seguir a caminhada pode trazer ganhos inesperados à viagem, como comer uma batata belga num carrinho de mão, ou um sanduíche grego maravilhoso, ou um crepe  bem feito...  Boa opção é passar no supermercado e comprar coisas pra levar nos lanchinhos durante os passeios, lugares para isso não vão faltar! Depois das caminhadas diárias é ótimo levar uma garrafa de vinho para o hotel para relaxar a noite. Aos domingos a feirinha livre de Montparnase á boa e em Chartres existe uma feira de queijos e vinhos também aos domingos.

Bilhete de museus - comprando no terminal 2 do aeroporto tem validade de alguns dias (dependendo do bilhete) para entrar de graça em centenas de museus, o grande benefício é não enfrentar filas para comprar passes dos museus  e ganhar um tempo precioso em Paris, além disso com a disponibilidade de ter um passe muitos museus que não veriamos, e com o bilhete, passam a ser pontos atrativos ... é de graça ! O tempo que perderiam na fila de Versailes, visitam o Museu Carnavalet ! Só de entrar de graça  no Louvre, Museu Orsay, Arco do Triunfo, torre de Notre Dame, Versailes, Pantheon, Conciergerie e Saint Chapele já paga os  100 euros do passe de 2 dias.

http://www.parismuseumpass.com/rub-le-pass-tarif-36.htm

Assaltos - pequenos furtos existem em qualquer cidade, em Paris não é diferente, pequenos furtos no metro acontecem sim. O ideal é ficar esperto e não se achar esperto!

Durante uma época do ano muitas atrações ficam abertas a noite (deve ser bom para ver as coisas vazias e ter mais tempo de visitar parques ao ar livre de dia), é bom se informar sobre isso.

Londres e outras cidades - existe uma tendência a visitar vários lugares da Europa numa mesma viagem, Paris não merece isso pois tem atrativos para meses de passeios, porém vá lá e não sejamos radicais, porém evite conhecer numa primeira vez, outras cidades depois de conhecer Paris, fiz isso com Londres e Edimburgo, cada uma com seu charme mas sem graça depois de ver a Cidade Luz. Coloco uma boa parcela disso no cansaço da viagem mas ainda assim acho que Paris ofusca o resto.

Existem milhares de sites com informações  essenciais de Paris, como por exemplo :

http://www.conexaoparis.com.br/ 
http://www.paris.fr