segunda-feira, 3 de março de 2025

Conhecendo o Peru - Parte 3: Lima de 3 a 4 dias

 Lima é uma capital típica da América do Sul, contrastes, transito caótico mas por fim acolhedora. O clima é quase um desértico apesar das nuvens densas que ficam sempre no céu, o índice pluviométrico é baixíssimo.

Com 3 dias você resolve as questões práticas (chip, câmbio, espanhol), tem tempo para passear pela cidade, saborear a culinária peruana e aproveitar as duas horas de fuso horário atrasado (a seu favor) para se recuperar da viagem de vinda e chegar descansado nas outras etapas da viagem.

Lima não é uma cidade pequena, tem 10 milhões de habitantes (dos 34 milhões de todo o Peru), é a segunda maior da América do Sul, sendo maior que Rio, Buenos Aires, Bogotá e só perdendo para São Paulo.

35% da população do Peru mora em Lima, pra se ter uma ideia da disparidade, a segunda maior cidade do Peru é Arequipa que tem cerca de 940.000 habitantes, ou seja ... Lima é 10 vezes maior !

Onde ficar

Lima é formada por algumas regiões independentes, entenda como bairros politicamente independentes mas isso pouco importa na hora de escolher, mas a medida que você está saindo do aeroporto e indo para o seu destino pode ficar um pouco confuso vendo, sistemas de coleta de lixo, organização de transito e etc bem diversos em lugares próximos e dentro da grande Lima. Os bairros mais charmosos para se hospedar são San Isidro e Miraflores, ambos relativamente bem localizados em relação ao centro histórico e ao litoral. O bairro de Barranco é um pouco mais longe, porém segue sendo uma ótima opção e é um bairro mais descolado.

A chegada

Logo depois da imigração no aeroporto de Lima você passará por uma sala onde estão os guichês das locadoras, dos remisses (que são os trânsfers pré-contratados junto aos hotéis) e de um “táxi oficial”.

Pré-contratar um trânsfer com o seu hotel é uma boa; costumam cobrar 20 dólares pela corrida até 3 passageiros e incluem na conta (normalmente os hotéis oferecem esse trânsfer por email, ao confirmar a sua reserva, mesmo as feitas pelo Booking. 

Se o seu hotel não oferecer trânsfer, ou você estiver num Airbnb (ótima opção em Lima), você também pode reservar um transfer online pela TaxiDatum, que também cobra 20 dólares em carro particular para até 4 pessoas.

Caso você não tenha pré-contratado o transfer, passe reto para o saguão do desembarque e não caia na furada dos "táxi oficiais", são caríssimos (prá lá de US$50 até Miraflores ou San Isidro). No saguão de desembarque no lado esquerdo você encontra o guichê do Taxi Green, essa Cia detém a concessão de táxi comuns no aeroporto de Lima, ali você compra uma corrida tabelada que varia entre 55 e 60 Soles para Miraflores ou San Isidro. O serviço é seguro, os carros relativamente novos e aceitam cartões de crédito e débito. Outra opção é o Uber ou Easytaxi, veja o que sai sai mais barato na hora. 

Sinceramente eu gosto de fazer a ambientação dos lugares onde chego de uma forma minimamente segura e barata, então eu mesmo optei pelo Green Taxi.

Não se assuste se a saída do aeroporto parecer caótica e feia, a maior parte das cidades é assim mesmo, lembre-se você está num típico país de terceiro mundo, que já foi espoliado e que teve uma política conturbada, uma economia cambaleante e disparidades sociais gravíssimas, visitar um país e entender sua alma vai muito além dos pontos turísticos. Viver e ver todos os aspectos do lugar onde estamos visitando torna a viagem mais rica e cheia de propósitos.

O que fazer e que estratégia seguir no primeiro dia

Lima tem restaurantes sensacionais, um museu a céu aberto, coisas interessantíssimas e uma orla que vale a pena, podemos fazer praticamente tudo a pé ! Com deslocamentos maiores de táxi ou Uber.

Em geral os vôos saindo do Brasil chegaram em Lima por volta da hora do almoço, dá tempo de sobra pra já bater uma perninha assim que sair do aeroporto e deixar as malas no hotel. Minha sugestão é preencher esse primeiro dia com algo leve e que já dar uma degustação do que vem pela frente, o maravilhoso Museu Larco é muito bem organizado com uma arte pré colombiana, conhecendo ele logo de cara, o que vem pela frente fica de mais fácil compreensão. Fica num casarão confortável e muito bem organizado, relativamente longe das outras atrações de Lima e por isso é bom destacá-lo do resto no dia da chegada. O Museu Larco revela é a evolução da civilização no Peru até o breve período em que os incas unificaram os Andes sob seu império.
Há galerias dedicadas às diferentes culturas que antecederam os incas, explicando suas contribuições. O acervo é dividido em galerias por material — ouro, prata, têxteis, cerâmica. A mais cobiçada das salas é a galeria de cerâmica erótica — mas acredite, trata-se apenas de uma curiosidade; o museu já seria totalmente imperdível mesmo sem essa seção.
Aproveite e coma no restaurante anexo ao museu que é maravilhoso !!! Não vou entrar em muitos detalhes sobre a culinária peruana com dicas de restaurantes porque praticamente tudo o que comi foi sensacional, mas não pode deixar de aproveitar o nível do mar para provar as bebidas alcoólicas porque na altitude isso pode ser um problema, então prove um Chilcano que é outro drink de Pisco, não tão famoso e que leva ginger ale, suco de limão e angostura, achei forte e prefiro Pisco Sour mas .... a hora de provar é agora!


Para a noite do primeiro dia aproveite para ir ao Barrancouma antiga vila de pescadores que atualmente é um bairro boêmio, Seguir a Avenida San Martin até a Plaza de barranco e ver os murais de Jade Rivera e a ponte dos suspiros, faça um pedido e atravesse a ponte sem respirar, se sentir um pouco de falta de ar nesse momento é melhor consultar um médico antes de ir pra altitude! Pra terminar a noite busque algum bom restaurante por lá mesmo, o Isolina entrega o que promete mas costuma ficar cheio e é melhor reservar, o Astrid Gaston é um dos mais badalados da cidade e conhecido internacionalmente.

Segundo dia 

Para o segundo dia prepare-se para caminhar pelo centro da cidade, o Centro Histórico de Lima é patrimônio da humanidade desde 1991 e pelos seus palácios concentram-se uma parte importante da história do país e da América do Sul, todo o modelo colonial europeu nas américas foi criado com base no que o Peru tinha a ser explorado. São centenas de ruelas que nos levam ao tempo de colônia e vice-reinado, são 608 monumentos tombados pela UNESCO. Não deixe de ir na Plaza de Armas, na Catedral de Lima, no seu prédio vizinho o Palácio Arquiepiscopal, no Palácio de La Union, no Palácio Municipal e do Governo. Desses só a catedral é do período colonial, os demais mantém uma arquitetura colonial mas são do início do século XX pois entre as décadas de 20 e 40 estava em voga a arquitetura neocolonial com belos balcões de madeira entalhada.



Apesar da Plaza Central ser um marco, não comece por ela... vá na Jirón de La Union que é uma rua de pedestres e veja a Iglesia Nuestra Señora de la Merced, de estilo barroco com vários altares em madeira e lindas esculturas e uma cruz que dizem que faz milagres a quem ora aos seus pés. Na porta dessa igreja as 11:00 sai um tour a pé gratuito 

A partir disso, não é preciso se preocupar muito com o que ver pois o recorrido é bem completo:
  • Jirón de la Unión
  • Casa Bernardo O’Higgins — visita exterior
  • Estudio fotográfico de Eugenio Courret — visita exterior
  • Casa de Correos y Telégrafos — visita exterior
  • Casa Osambela — visita exterior
  • Iglesia de Santo Domingo – visita interior
  • Plaza de Armas
  • Cambio de Guardia — opcional
  • Bar Cordano — opcional
  • Casa de la Literatura Peruana – visita interior
  • Degustación del Pisco — opcional
  • Parque de la muralla colonial
  • Iglesia de San Francisco — visita exterior

Além desses eu iria ao Museu Convento Santo Domingo

Quando eu visitei o centro histórico ele estava fechado boa parte da manhã para o funeral do ex-presidente Alberto Fujimori, cheguei a seguir esse passeio a pé por um tempo pois e seguia praticamente tudo o que eu já tinha marcado previamente de conhecer, porém me perdi da guia no meio da confusão do funeral, acabei fazendo tudo por conta própria sem maiores problemas, incluí a Plaza Peru e a Plaza San Martin no meu roteiro mas sinceramente essa última não tem muita graça. Almocei um butifarra no Cordano, que é um bom bar bem tradicional e ali bebi pela primeira vez algo que adorei e usufruí até o fim da viagem a Chincha Morada que é uma bebida não alcóolica feita de milho roxo.

Terceiro Dia 

Para o terceiro dia é importante acordar bem cedo, as coisas em Lima costumam abrir tarde (por volta de 10:00) mas é possível fazer um passeio cedo e tomar um café da manhã na rua mesmo. Vá direto para o coração do bairro de San Isidro para umas caminhada leve no meio de 1.500 oliveiras, o parque El Olival é único, lindo e no meio de um bairro charmoso, o Hotel Sonesta fica numa extremidade do parque, então é por lá que começamos uma caminhada bem cedinho, por volta das 8:30 com um friozinho da manhã com destino a outra extremidade do parque na Calle Victor Maurtua 225, também em San Isidro, a região parece um Oásis urbano.

Depois, um outro oásis, mas dessa vez histórico, encravado entre Miraflores e San Isidro o Huaca Pucllana é uma pirâmide gigante construída com tijolos de argila entre 200 e 700 DC pela cultura lima, a construção impressionante passou séculos escondida e já foi usada até como pista de motocross até ter seu interesse histórico descoberto depois que a urbanização da cidade já havia começado. O passeio é obrigatoriamente feito por um guia do local e dura 40 minutos, leve boné e protetor solar !! Ah quem diga que é um monte de pedras velhas, se você pensar assim, seu lugar não é o Peru. Você estará literalmente pisando na história, toda uma cultura foi construída ao redor dessa magnífica pirâmide.

Saindo da Huaca Pucllana, pegar um taxi para o Malecon de Miraflores que é uma espécie de aterro do Flamengo na região costeira e que tem 15 parques num complexo com uma bela vista do pacífico. Toda a região tem uma ciclovia e eu optei por alugar uma bicicleta e conhecer tudo em cerca de 1 hora e meia, aí o taxi tem que ir para o Módulo Mirabici no Parque Alfredo Salazar, além desse parque se seguirmos em direção ao norte, passamos pelo Maria Reiche, Farol da Marinha, Parque Chinês, Parque del Amor, voltando para devolver a bicicleta podemos ir caminhando alguns metros até o Shopping Larcomar, que além se ser um porto seguro depois de um dia cheio, é muito bonito construído na encosta, com muitos espaços abertos com vista para o mar.

Para quem está com crianças, ainda dá pra correr pra pegar um taxi em direção ao Parque de la reserva onde o Circuito Mágico das águas é uma espécie de parque xangai peruano, uma mistura de belo e brega. Como já será início da noite e tem muito spray de água envolvido é bom levar um casaco.

 Um possível quarto dia

Não há muito mais o que fazer em Lima num dia extra, e se não for a preparação para a segunda fase da viagem com um avião para Cusco, Puno (via Juliaca), Arequipa ou Nasca. Vá para um bate e volta em outro achado arqueológico monstro, o Pachacamac, além disso o Vale do Ica possui, oásis no deserto com vinícolas lindas.




Museu Larco
  • Endereço: av. Bolívar, 1515, Pueblo Libre

  • Horário: diariamente 9h-22h

  • Ingressos:

    • inteira: 30 soles

    • 9 a 14 anos: 15 soles

    • até 8 anos: grátis

    • 60+: 25 soles

  • Site oficial

Iglesia Nuestra Señora de la Merced

Jirón de la Unión 621, Lima 15001, Peru

Tour gratuito pelo centro histórico


Huaca Pucllana 

General Borgoño, quadra 8
de 4a a 2a das 9:00 às 17:00 - 12 soles
de 4a a domingo das 19:00 às 22:00 - 15 soles

Aluguel de biciclena no Malecon de Miraflores

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Conhecendo o Peru - Parte 2: O passo a passo

Nesse ponto aprofundamos mais algumas dicas importantes pra conhecer o Peru, se não leu o primeiro texto do Peru pode ser legal voltar e ler https://encontrandonocaminho.blogspot.com/2024/09/peru-historia-beleza-e-desafio.html 



O Peru é um país gigante, com uma história riquíssima e uma cultura diversa, possui cerca de 38 micro climas, com isso produz alimentos diversos, que combinados geram uma das melhores e mais diversificadas culinárias do mundo. Só isso aumenta em muito o leque do que se há de fazer por lá ....

Mas o Peru não é para fracos, ainda carece de uma boa infra estrutura, invariavelmente você passará pelo altiplano, e a altitude requer um esforço extra do corpo humano, numa adaptação que requer 3 semanas. Então perde-se muito tempo e para viver o lugar é preciso se desligar por completo, a não ser que sua viagem seja para tirar umas fotos, dizer que esteve lá e pronto. 

Para vencer isso tudo é preciso estudar, planejar e ter uma boa estratégia, ah! Se tudo isso der errado por um mal súbito, ou uma diarreia no hotel, é bom ter um plano B e quem sabe um plano C. 

Vamos a um passo a passo baseado na minha viagem, que foi trabalhosa mas finalizou com sucesso. 

1- Estratégia

Você pode querer surfar no litoral, comer nos melhores restaurantes de Lima, ir pra Machu Picchu, descer um rio na região amazônica peruana, atravessar o lago Titicaca, sobrevoar o deserto de Nazca, visitar museus e sítios arqueológicos para conhecer as culturas pré incaicas ou pré colombianas. Toda a estratégia vai se basear no que você pretende conhecer. Minha sugestão é um mistão disso tudo. Não se pode perder a importância da capital Lima usando-a só como uma ponte para outros lugares, Cusco foi a capital das Américas no período pré colombiano e depois dele, Machu Picchu, além de intrigante é um Patrimônio Mundial da Humanidade.... a partir dessa tríade vamos fazendo algumas variações para montar uma estratégia. 

3 dias em Lima são o suficiente para conhecer bem a cidade, por segurança colocar 4 seria ideal para visitar alguns sítios fora da cidade. 

3 dias para ir a Puno, Arequipa ou Nazca, lembrando que a partir daí estaremos no altiplano e que o corpo pode precisar de tempo para se adaptar (falaremos disso mais tarde). Essa é a parte descartável da viagem para quem quer menor esforço.

De 3 a 5 dias em Cusco (para ir na Laguna Humantay e Montanha Colorida ou fazer a trilha Inca, se você tiver disposição).

1 dia em Ollantaytambo

1 dia em Aguas Calientes 

1 dia para Machu Picchu

Mais 1 dia em Cusco e voltar por lá mesmo.

Planeje toda a viagem a partir do dia em que conseguir marcar Machu Picchu, esse é o ponto alto e imperdível e planejar tudo para que nada falhe nesse dia é importante.

2- Transportes

Em geral os voos sempre vão parar em Lima, se está na capital, porque não usufruir dela logo na chegada quando seu espanhol está esquentando para as dificuldades futuras ? Na volta não é oportuna uma parada na cidade, pensando num ápice da viagem em Machu Picchu. 

O voos são seguros, porém ao sair de Cusco é bom ter a mesma Cia aérea da conexão de Lima para o Brasil pois qualquer atraso por mal tempo ou trâmite imigratório (coisa bem comum) a Cia aérea vai dar um jeito de te encaixar num outro voo. Cheguei a ver as obras de um aeroporto internacional perto de Ollantaytambo, com certeza vai facilitar as viagens que visam conhecer Macchu Picchu mas deixar de conhecer Cusco ou Lima é uma blasfêmia. 

Dentro das cidades o custo de taxi em geral giram em torno de 10 a 20 soles por corrida, o que é bem barato para os padrões brazucas. Vi em vários sites indicação para usar o easy taxi lá pois era uma opção melhor que o Uber, sinceramente não consegui fazer o easy taxi funcionar encontrando transporte e usei o Uber e os taxis locais sem problemas. 

Recomendo bastante se for a Puno fazer um passeio de trem para Cusco (caro mas vale a pena). É de trem também a ida para Aguas Calientes, de lá existe um ônibus para o sítio de Machu Picchu e a volta para Cusco também é por trem. Todas essas viagens são caras, mas fundamentais. 

Não recomendo de forma alguma alugar carro por lá, o transito é caótico, as estradas perigosas.

3- Itens essenciais para a sua viagem

Quando falei de falta de infra estrutura, isso nem é tanto por incompetência governamental de não ter estradas tão boas (e algumas são excelentes) diante do problema climático global existem regiões do mundo com problemas crônicos de estiagem, a região de Cusco é uma delas, desde o final de 2023 a cidade sobre com a falta d'agua, cheguei a ficar 2 dias sem água na cidade, um deles sem banho... é um ponto de atenção que afeta pouco os franceses, mas para nós brasileiros beira a morte, não conseguir tomar um banho. Isso tudo foi para dizer que o primeiro item essencial da sua lista é o lenço umedecido, não somente para substituir um banho mas porque os banheiros lá (sejam onde for) não costumam ter papel higiênico e  pode estar com o agravante de não ter água. 

Diante do cenário propenso a contaminação o bom e velho frasquinho de álcool gel pode ser fundamental. 

Fora isso, prepare uma mala grande porque a temperatura varia bastante ao longo do dia, em setembro, não cheguei a pegar chuva, mas é comum noites de cerca de 4º e dias ensolarados na montanha chegando aos 21º. Ah ! A proximidade com o sol lá em cima da montanha vão fazer você precisar de um boné e um bom protetor solar e labial. Lembrando que sou carioca e estou acostumado com o sol mas o nível do mar e a maresia atenuam as coisas, por lá não é tão fácil .... 

Sobre remédios eu vou falar num outro item mas ainda nas proteções essenciais, um excelente repelente de mosquitos é fundamental em Machu Picchu. Fora isso é bom ter uma bota de trilha, um tênis confortável, não é uma viagem de glamour... é pé na estrada, poeira, enjoos. 

4- Dinheiro

Quando eu fui em setembro de 2024 um real (R$) valia cerca de 1,45 Nuevos Soles Peruanos (sol) ou seja a conversão para tudo eu fazia o valor + 50%, por exemplo se algo custa 100 Soles .... seria R$ 100 + 50%, logo R$150,00. 10 soles R$15,00. 70 soles = R$105,00

Esses cartões internacionais funcionam bem lá mas você vai precisar  ter moeda na mão (coisa que eu não estava nem mais acostumado a ter). Fazer câmbio no Brasil é muito dificil, logo espere para fazer cambio por lá mesmo (em dólares). 

Logo no aeroporto, entre as esteiras de bagagem e a imigração você encontra um caixa automático da GlobalNet (não-recomendado: o limite por saque é baixo, 400 soles, e a tarifa é alta, 14,50 soles) e também o guichê da casa de câmbio, que fica aberto 24 horas.

Mesmo com a comissão de 3% cobrada pela casa de câmbio, é melhor usar os seus serviços. Troque ali 100 dólares, só para ter os primeiros soles no bolso e conseguir pegar um taxi para sair do aeroporto. Depois você terá tempo de ir numa casa de cambio melhor na Av. Pardo em Miraflores ou na Av. Larco (que ficam abertas aos sábados até 14:00). Existem os cambistas autorizados com jaleco, que ficam pela rua em frente ao Parque Kennedy que costumam ter uma cotação melhor que as casas de cambio. É isso mesmo, troca o dinheiro na rua! Eu preferi sempre sacar com o cartão internacional, o Scotiabank tem uma taxa menor num cambio razoável de dolar para soles, mas o melhor é a Caixa Nacional (Banco de la Nacion) que não cobra taxas, por isso é comum ver umas filas na porta, nada impactante!

5- Quanto levar?

Eu sempre parto da premissa, sem maiores erros seja para a Europa ou América do Sul, de um custo diário de US$100 por dia com passeios, comida, compras e alguma eventualidade. Tirando a passagem aérea e a hospedagem (que é barata por lá). O seu orçamento entra muito bem nesse calculo. Eu apertei um pouco para caber em US$80/dia e consegui!

6- Saúde

Sem dúvidas que o maior inimigo do turista no Peru seja a altitude, mas além disso o clima seco por vezes vai deixar os alérgicos com alguns problemas mas nada se compara ao mal da altitude !! O ideal é consultar um médico antes de ir, ter uma preparação física eu diria que seja irrelevante para estar apto a uma altitude de mais de 2.500 metros, o mal da altitude não funciona bem assim, pessoas bem fisicamente podem sofrer enquanto sedentários passam imunes, o que não quer dizer que numa outra viagem isso se mantenha. O desafio da montanha tem muito mais a ver com capacidade pulmonar, hemácias e qualidade delas do que com aptidão física, óbvio que é bom ter disposição para andar, subir escadas, acordar cedo, dormir tarde... quem tem vida ativa passa tranquilo. Como eu sou hipertenso e estava com a pressão descontrolada antes de ir fui cuidadoso com isso, e consultei muito a minha médica antes de ir tendo planos A e B para os remédios, estudando sobre chá locais, a famosa Soroche Pills e até hospitais próximos de onde ia ficar hospedado, quando você esta passando mal não consegue pensar muito e ter isso tudo a mão é fundamental. Obviamente, levei meus remédios de pressão e um outro mais forte que usaria na altitude (mas exatamente ele me causou reações adversas assustadoras). Tive que levar um medidor de pressão e outro item fundamental que estava guardado no armário desde os tempos da COVID, um oximetro ! Oxigenação menor que 70% corra pra um hospital, ou algum suprimento de oxigênio urgente. 
Em geral os hotéis tem balões de oxigênio, procure se informar antes de ir.... existem as latinhas de oxigênio que você compra em qualquer farmácia e que quebram um galho. A tal soroche pills nada mais é que um Ácido Acetilsalicílico  (AAS) com cafeína. Nada do outro mundo e que muita gente toma indiscriminadamente sem fazer efeito algum, eu não podia por conta da minha pressão e cheguei a ver umas marcas que me dava a sensação de serem placebos. De qualquer forma dá pra sair do Brasil com remédios para dor de cabeça melhores, Doril por exemplo.
Falam muito para mascar folhas de coca, eu já tinha tomado chá de coca em Bogotá e acho que me fez bem, porém no Peru logo peguei a dica com uma senhorinha de Puno (3.500 m), chá de camomila com muña (essa sim uma erva local). Me deu alguns alívios. Passei mal de forma séria só no dia que troquei meu remédio de pressão, de resto umas leves tonturas e um cansaço um pouco maior que o normal, que não me impediram de fazer nada que eu queria.

Dicas para enfrentar a altitude: 

  • Consultar um médico para fazer um check up antes da viagem e colocar a saúde em dia. 
  • Subir aos poucos (melhor fazer aclimatação em lugares de 1.500m antes de partir para os 3.400 de Cusco ou 3.800 de Puno) se for possível.
  • Beber muita água ... muita mesmo (de 2 a 3 litros) ! Antes de sentir sede...
  • Evitar alimentos muito condimentados e gordurosos. 
  • Evite esforço grande no primeiro dia em altitude elevada.
  • Mesmo que já esteja aclimatado diminua o ritmo, aproveite conscientemente cada inspiração e expiração, suba escadas devagar, não dê bobeira na beira de precipícios, caminhe relaxado, intercale dias mais tranquilos com dias cheios e que demandem muito esforço. Evite beber muito álcool. 

Desde 2022 o Peru não exige mais vacinação de febre amarela para brasileiros, porém essa resolução da MINSA (o ministério da saúde  peruano) pode ser que mude, então é bom consultar antes.

Ah ! Não esqueça de um bom seguro viagem e entenda bem as cláusulas dele antes de ir 

7 - Documentos para se entrar no Peru

O Peru não exige visto de brasileiros, no entendo é sempre bom levar o passaporte (principalmente para ser carimbado em Machu Picchu!). Houve um tempo em que turistas precisavam de uma declaração jurada para entrada no país, uma resolução de outubro de 2022 acabou com isso.

8- Comunicações

Habilitei meu chip da Claro com o passaporte Americas, funcionou super bem nas áreas mais remotas, o mesmo acontece com a Vivo, outras operadoras eu não posso dizer, mas em geral a rede de celular é boa.

9- Estratégia da viagem

Além das questões de saúde, esse é um ponto importantíssimo para definirmos o que queremos conhecer. Sou da idéia de elevarmos a viagem de forma gradual, assim o ápice fica sendo Machu Picchu (quando estamos melhor adaptados com a altitude e menos cansados). 

De fato, Machu Picchu, a 2.400 metros do nível do mar, é bem menos elevada que Cusco, que está a 3.400 metros. Por isso, o soroche, ou mal de altitude, é menos comum em Machu Picchu do que em Cusco.

Saindo direto do aeroporto de Cusco para Machu Picchu é possível não sentir os efeitos da altitude na chegada, o problema dessa estratégia é que ela apenas adia o mal-estar para quando você vier de Machu Picchu para Cusco, e do ponto de vista da viagem gradual é como começar o jantar pela sobremesa. 

10- Furadas

Ao mesmo tempo que existem paisagens maravilhosas, coisas interessantíssimas, museus, restaurante fabulosos, o Peru guarda como todos os países, lugares que são furada certa e recantos pega turista. Deixei de ir a alguns pois entendia que seria longe, contra mão em lugares completamente inóspitos para ver uma pedra que em algum momento da história serviu de tampa de um templo sagrado que não está mais em pé. 
A região de Puno é muito pobre, o caminho por terra indo em direção a Bolívia é recheado de sítios arqueológicos interessantíssimos, porém tem um tal de templo da fertilidade que é formado por pedras em formato fálico e que sinceramente é muito esforço pra pouco resultado, se quiser ver coisas assim, existem sexy shops nas cidade maiores. 
A Laguna Humantay é deslumbrante mas fazem os pulmões trabalharem em dobro, as condições climáticas podem mudar repentinamente e pode ser até que o passeio seja cancelado no meio. Existem Lagunas tão belas quanto a Humantay e que são menos badaladas. 
Montanha das 7 cores, é um passeio relativamente novo porque a montanha é nova ! Peraí que eu explico, a montanha com certeza já está lá há um bom tempo mas o degelo recente dela é um evento causado pelo aquecimento global, ou seja pra começar é um espetáculo causado por um triste evento. É legal ver no youtube alguns vídeos de furadas nessa montanha, também exige um esforço com alguns riscos e muitas vezes o tempo está fechado ao chegarmos lá. Existem montanhas similares na Bolívia e no norte da Argentina (Jujuy).

11 - Contratar ou não um guia

Eu sempre opto por estudar minimamente todos os lugares que pretendo ir, uma viagem ao Peru requer muitos estudos devido a riqueza de sua história, e aí podem contabilizar algumas noites de sono. Se muitos livros de história, ou guias turísticos divergem de muita coisa, imagine um guia local que sempre tem uma tendência a fantasiar as coisas ? Lendo e estudando as coisas já notei muita história contada errada pelos guias turísticos. Aí vem outro ponto que detesto, excursões com guias das empresas, pode ser chatice da minha parte mas sempre prefiro os guias autônomos locais, eles costumam ter uma visão de um morador local, dar dicas de coisas mais baratas e sem aquela visão pega turista. No Peru é bem comum encontrar guias locais na entrada as atrações, logo você não precisa ficar preso a um único guia o tempo inteiro e nem precisa dos mínimos detalhes das explicações a cada monumento. Eu sugiro uma visita com calma e um guia na Catedral de Lima, o Huaca Pucllana já é obrigatoriamente uma visita guiada, no Qoricancha e Sacsayhuamán em Cusco e em Machu Picchu. Eu já sabia praticamente tudo que os guias foram falando em todos esses lugares, mas foi ótimo confirmar algumas coisas a partir da opinião de pessoas simples e locais. O respeito pelo trabalho dos guias e a interação com eles pode ser uma experiência muito rica.

12- O que estudar pra não chegar de bobo no Peru

Conhecer minimamente as história dos lugares é fundamental, no Peru é bom dar uma lida rápida sobre a geografia, o mais alto lago do mundo e um país que vai do clima desértico a uma floresta equatorial e a umas das das maiores cordilheiras do mundo e que tem diversos microclimas merece um tempinho de estudo. 

É comum as pessoas simplificarem o estudo da história do Peru ao período dos Incas, realmente a sua cultura é um estudo fascinante mas você vai notar que a cultura Inca ainda esta presente em cada esquina, existem diversas culturas pré incaicas tão interessantes quanto! É bom ler sobre as lendas Incas como a da Viracocha e o modelo político administrativo que usavam, entender sobre o Sapa Inca, sobre a festa do sol, sobre a cultura pré incaica dos Nazca, Paracas, Chimu, Chavin. Entender como era feita a produção de alimentos e a distribuição do mesmos. Depois é hora de entender como Pizarro subjugou o império que enfrentava uma guerra civil e como a Espanha colonizou extraindo ferro e prata mas principalmente adaptando a fortíssima cultura local para fazer nascer ali uma nova civilização. Depois é importante ler sobre Tupac Amaru e sua revolta que influenciou outras tantas revoluções pelo mundo afora (da Inconfidência Mineira até os Tupamaros da década de 70 no Uruguai), por fim entender a conturbada política peruana no século XX com olhos para o grupo terrorista Sendero Luminoso. Viver a viagem antes de ir e reviver quando voltar cheios de histórias e lembranças vai com certeza enriquecer sua vida !

domingo, 29 de setembro de 2024

O Boom do turismo pós pandemia

 Não se sabe ao certo se o fenômeno será temporário e se isso foi motivado só pelo período em que todos ficaram trancados em casa, o fato é que as pessoas resolveram descobrir o mundo e viajar. Eu particularmente desconfio que a nova geração (influenciada pela pandemia) e com um poder aquisitivo maior, resolveu não ficar estagnada na vida, lançar ancora .... é uma geração muito mais ligada a viver a vida ao invés de conquistar bens. Querem ter o prazer de ir e vir sem se preocupar em ter o carro. 

Isso tudo motivou a milhares de turistas buscarem cada vez mais lugares remotos para procurar, é uma verdadeira invasão de turistas em cidades que não comportam tanto, e a maneira para se ter um controle maior disso é cobrando taxas pela visita, já é algo praticado na Europa e que vai aumentar cada vez mais. Dessa forma as cidades podem se preparar melhor para recebê-los sem impactar o dia a dia dos moradores. Existem cidades que recebem praticamente o dobro de sua população com turistas todo o ano, e para isso precisam investir em infra de transportes, segurança, distribuição de água, acessibilidade e etc. 

Em alguns países o crescimento gira em torno de 8% de crescimento e novas áreas de interesse turístico vem surgindo, descobrir fenômenos naturais, culturais ajudam a ampliar isso, custo menor de hospedagem com modelos como o do Airbnb e do Uber, compensam novas taxas impostas, preços altos de combustíveis aéreos que elevam o custo de transporte, para isso as viagens passaram a ter um padrão de serem mais longas em duração e mais curtas distâncias e com menos deslocamentos. 

Outro ponto que tem motivado cada vez mais as viagens são os influenciadores digitais, dando dicas valiosas e facilitando o dia a dia dos turistas, porém o turismo segue sendo raso, aquele turista que chega a um lugar, tira fotos posta, faz um check no seu plano de viagem e não incorpora muita coisa da viagem e que não entra no clima do local visitado. Falta profundidade, estudo, humildade do turista em querer entender novas culturas e as histórias locais.

Um ponto que deve ter atenção é quanto a sustentabilidade no turismo, muitos viajantes não tem consciência do impacto ambiental de suas jornadas. A crise climática pode inviabilizar alguns destinos, seja por períodos de seca ou tempestades, há quem diga que o terceiro setor não polua como a indústria, mas desde o deslocamento, até a produção de lixo ... tudo isso gera um impacto ambiental que muitos lugares não estão preparados para absorver. Destinos que estejam pensando nisso adotando práticas mais conscientes e sustentáveis atrairão mais visitantes e dentro dessa preocupação existe a de limitação de visitantes. É um turismo mais ético, responsável e respeitoso. Isso requer inovação aos novos desafios, muito mais que reinventar destinos, o que se busca é equilíbrio e para isso há de se contar com iniciativa privada, governos e a consciencia de cada turista.


quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Conhecendo o Peru - Parte 1: história, beleza e desafio



Pensar numa viagem para o Peru não é coisa para fracos. Requer preparação, planejamento, estratégia, joelhos e .... Pulmões ! É um país belíssimo tanto de belezas naturais quanto de historia, poderia ser facilmente um dos países mais ricos do mundo, daqui saíram as batatas (não vou entrar na discussão se é da Bolívia ou do Peru, uma vez que foram um território único), aqui se domesticou o milho mexicano e criaram, outras 50 espécies, daqui saiu ouro e prata que enriqueceu a Europa. Do Peru, surgiu a cobiça do El Dourado, que acelerou toda a colonização das Américas.

As histórias pré colombianas não se resumem aos Incas, a cultura pré incaica também é riquíssima e segue presente. Diversos povos viveram na região até o domínio Inca e posteriormente espanhol. Entre esses povos, pode-se citar: moche, paradas, lima, chimu, chinchas, mochicas, nazca, chavin, manabi, tiahuanacotas e vários outros. Vestígios arqueológicos, de pinturas rupestres a cidades inteiras, ainda são muito bem conservados e é sem dúvida, um dos pontos de maior interesse numa viagem. 

O Vice-Reino do Peru foi o mais rico e dele criou-se todo modelo de operação colonial espanhola, daí é fácil supor que se respira o período colonial em cada esquina que se passa. Cidades com a composição urbana de Plaza de Armas, são quase como mandatórias, desde a capital Lima até os povoados mais distantes, sempre com a casa de governo, a catedral e uma charmosa praça aberta para ver a movimentação dos invasores, que se no passado foram espanhóis, agora são milhares de turistas.

Num território que é quase o dobro que o da França e o 20º maior do mundo, o Peru possui 38 microclimas o que o torna um dos países com maior biodiversidade do mundo. Com tanta diversidade, obviamente existe uma variedade de produtos grande, que combinados geram uma culinária diversa e maravilhosa.

Para aproveitar tudo desses recursos naturais e culturais existe um povo caloroso, trabalhador e belo, que já foi muito explorado mas que aos poucos está ficando consciente da força da sua história. Uma das coisas que mais me chamou atenção no país não foram suas paisagens de tirar o fôlego, a história contada pela arqueologia ou a cultura diversa, foi ver que é um país antigo mas extremamente jovem, cheio de crianças para o todo o lado e sempre com um sorriso encantador em seus rostinhos. É um país efervescente!

Não pense você que seja fácil conhecer o Peru, não é viagem para fracos.... Ainda existe deficiência na infra estrutura, é um país gigante para se conhecer, e definitivamente não é um país tão barato quanto se pensa, óbvio que não é uma conversão de moeda para libra, euro ou dólar. Mas são preços bem atualizados em relação a explosão do turismo mundial pós pandemia. No fim vale cada gota de suor do esforço e cada centavo é bem gasto!

Agora vamos nos aprofundar muito pouco mais sobre cada coisa https://encontrandonocaminho.blogspot.com/2025/02/peru-passo-passo.html

domingo, 18 de agosto de 2024

Amsterdan - Atrações 3o e último dia

 É dia de museu bebê !!!

Atenção total para não perder a melhor atração da cidade o Museu Van Gogh!

Você já vai ter comprado os bilhetes com meses de antecedência, vai reservar logo o primeiro horário as 09:00 para não pegar o museu muito cheio, reserve uma boa manhã inteira para ver tudo. Óbvio se você tem algum interesse em Van Gogh ! Se você não tiver tanto interesse assim ainda vale a pena, se você não conhece aí é bom perder mais tempo conhecendo.

Eu deixo essa atração para os últimos dias porque já estará bem ambientado com a cidade e os transportes, mesmo se cair numa noitada no distrito da luz vermelha no dia anterior, o ápice da sua viagem vem agora e é prioridade total. Primeiro conhecer a cidade em si e depois o belíssimo museu. 

Em Amsterdan existe uma região de museus, a Museumplein, reconheço que rodei pouco por ali mas com certeza à coisas ótimas para se fazer num roteiro de 4 ou 5 dias. Do museu do Drink ao museu da maconha, do cubo de espelho ao museu do diamante. 

O Moco Museum tem arte moderna de Dalí a Banksy, o Rijksmuseum é badaladíssimo com seu acervo de obras européias Ingressos Rijksmuseum – Ingressos online mais baratos – Reserve agora - Rijksmuseum

e com certeza vale a pena ir a muitos desses lugares mas o meu foco nesse dia era conhecer melhor dois mestres:

Museu Van Gogh - <imperdível> além de ter o maior acervo de obras do Van, é um museu onde se pode navegar pela magnífica história de vida desse artista, tudo narrado por ele mesmo nas suas cartas para o irmão Teo. Comovente e lindo... 

Reserve com muita antecedência

Diariamente de 09:00 as 18:00 nas sextas o pessoal do museu dá uma colher de chá e deixa ele aberto até as 21:00

Museumplein 6, 1071 DJ Amsterdam, Países Baixos

 https://www.vangoghmuseum.nl/


De lá pegue um metrô até o Nieuwmarkt para tirar umas fotos e caminhar até o 

Museu Rembrandthuis<imperdível>não é um museu de arte mas um museu da vida de um artista em sua própria casa. Não se assute esse museu é contra mão pra caramba, o melhor jeito de chegar perto dessa região foi de metro mesmo e caminhando uns 10 minutos até a bela casa do mestre Rembrand.

Jodenbreestraat 4, 1011 NK Amsterdam, Países Baixos

https://www.rembrandthuis.nl/

Diariamente

  • 10:00–18:00

Aí é hora de fechar com chave de ouro sua viagem e celebrar ....

HEINEKEN Experience - <imperdível> definitivamente é um tour interativo bem legal pela história da cervejaria com uma degustação no fim. Compre com antecedência. 

Stadhouderskade 78, 1072 AE Amsterdam, Países Baixos

Diariamente de 10:30 às 21:00

https://www.heinekenexperience.com/nl/


FIM

Amsterdan - Atrações 2o dia

 Começar o dia bem cedo visitando praças e parques é sempre uma boa opção quando os museus estão fechados, então acorde bem cedo pegue logo o seu TRAM e siga para a 


Rembrandtplein - <se der pra ir ou olhar de passagem> que tem belíssimas estátuas em tamanho natural dos integrantes do quadro "A Ronda Noturna" do pintor que dá nome a praça. Dali você chega rapidinho na frente do 

Teatro Tuschinski - <se der pra ir ou olhar de passagem>Um belo cinema estilo Art Nouveau e Art Deco

Reguliersbreestraat 26-34, 1017 CN Amsterdam, Países Baixos

Mercado das flores - <se der pra ir ou olhar de passagem> sinceramente não vi nada demais que eu não tivesse visto numa feira livre em Volendan. 
Singel 540A, 1017 AZ Amsterdam, Países Baixos  

Se estiver com disposição pode ir também ao 

Nieuwmarkt mas o ideal é que nem se perca muito tempo nessas atrações de início de manhã para estar no máximo as 09:30 na Estação Central.


Zaanse Schans - <imperdível> Situada a apenas 22km de Amsterdam (na cidade de Zaandam), Zaanse Schans, a famosa vila dos moinhos, reproduz, com construções originais, as vilas holandesas dos séculos XVIII e XIX, formando uma espécie de museu a céu aberto. O espaço, todo voltado para o turismo, conta com diversas lojinhas de souvenir, cafés, fábrica de queijos, tamancos de madeira, entre outras atrações, e é um excelente passeio para quem quer se encantar com uma paisagem tipicamente holandesa, sem gastar muitas horas de viagem.

Há duas formas de ir de Amsterdam a Zaanse Schans utilizando o transporte público, ambas partindo da Estação Central. A maneira mais barata é pegar o trem para Uitgeest e descer na estação Zaanse Schans. O trajeto de trem dura cerca de 20 minutos e, depois, é preciso andar mais 20 minutos até chegar à vila. O trem de Amsterdam à Zaanse Schans custa pouco mais de 3 Euros.

A viagem de ônibus é um pouco mais cara (cerca de 5 Euros), porém é a forma mais fácil — e, em termos de custo-benefício, talvez seja a melhor. A linha que faz o trajeto é a 391 – Zaandam Zaanse Schans. Você deve descer na última parada da linha, Zaanse Schans, exatamente na entrada da vila, não tem erro.

Para aqueles mais dispostos, existem rotas que ligam Amsterdam à Zaanse Schans. Elas têm cerca de 20-40km (partindo da Estação Central de Amsterdam), dependendo da rota escolhida. Uma opção interessante é pegar uma balsa para a região Norte de Amsterdam e de lá começar o trajeto de bicicleta. O aplicativo Google Maps mostra vários trajetos possíveis. A balsa que leva ao Norte de Amsterdam fica por trás da Estação Central, é gratuita e permite a entrada de bicicletas.

Dá muito bem para até a hora do almoço estar de volta na estação central e seguir com mais um bate e volta 

Volendan<imperdível> Com ônibus também partindo da Estação Central é possível chegar na belíssima região portuária de Volendan, existe uma opção que parece ser mais rápida que é pegar o metro na estação central e seguir por 4 estações até Amsterdan Station Noord e de lá pegar o mesmo ônibus 112, 110 ou 316. Dessa forma o trajeto demora no máximo 30 minutos. Ao chegar na cidade siga em direção a marina e apreciando a beleza da feirinha local.

Mesmo fazendo 2 bate e volta no mesmo dia, perdendo tempo para apreciar tudo e almoçando em Volendan ainda dará tempo de voltar lá pelas 17:00 e bater perna antes de terminar a noite curtindo o que mais pitoresco existe em Amsterdan o District Red Light. Se tiver um tempo antes pode tentar ir no Heineken Experience para ir esquentando os motores. 

É possível ainda transferir aquelas atrações da manhã para esse final de tarde pois a ideia é não ter horário fixo para ver praças e fachadas.

District Red Light <imperdível> é o bairro da prostituição que vale muito mais a pena por ver a procissão de turistas andando pela rua do que pelo interesse em si. A história do local é interessante e não darei spoiler mas caminhar pelas ruas do bairro numa noite de fervo, pode fazer você entrar mais ainda no clima da cidade. Há quem aproveite essa noite para a perdição caindo na maconha ou no mínimo comendo um brownie da erva que vai te deixar com uma azia danada! O que acontece em Amsterdan fica em Amsterdan!! Ah! é com já ir avisando aos tarados de plantão ou conservadores de carteirinha, você não verá lá nada que não veja nas praias cariocas ou ruas de qualquer grande cidade.

Perto dessa região tem o famoso Museu de Cera de Madame Tussauds, como já tinha ido em Londres optei por não pagar o preço exorbitante mas se você nunca foi em um vale muito a pena. Inclusive pela história da artista que saiu de Paris fugindo da revolução francesa e é aclamada até hoje com sua técnica na cidade que a acolheu (Londres).










Amsterdan - Atrações 1o dia

 

Existem aquelas que eu defino como imperdíveis, passeios para Haia, Roterdan e as belas cidades do norte da Holanda não fizeram parte do meu roteiro mas são dignas de um bate e volta de trem se você tiver tempo, em geral falam que 3 dias em Amsterdan é o suficiente. Eu particularmente acho pouco e incluiria um desses bate e voltas fazendo tudo tranquilamente em 5 dias. Em 3 dias fica meio corrido, em 4 seria o ideal e em 5 mais confortável. 

Entendendo o I Amsterdan City Card

Antes de qualquer coisa na cidade busque o seu passe de museus / transporte, isso vai facilitar muito a vida

O Amsterdam City Card, também conhecido como “I Amsterdam City Card”, pode ser comprado de três formas diferentes: pelo site oficial do cartão ( I amsterdam City Card: free entry to museums, transport and more | I amsterdam), pelo Get Your Guide ou pessoalmente na I Amsterdam Store, loja situada na Estação Central de Amsterdam, um dos pontos turísticos mais emblemáticos da cidade dos canais.

Depois de escolher onde comprá-lo, você pode escolher o seu Amsterdam City Card de acordo com a quantidade de dias que ficará em Amsterdam. As opções do cartão são para conhecer a cidade em:

  • 24 horas ou 1 dia;

  • 48 horas ou 2 dias;

  • 72 horas ou 3 dias;

  • 96 horas ou 4 dias;

  • 120 horas ou 5 dias

DiasValores

1 dia60€

2 dias85€

3 dias110€

4 dias125€

5 dias135€

Depois de comprar o Amsterdam City Card pelo Get Your Guide, você apenas precisará retirar o cartão na I Amsterdam Store, que funciona de segunda a sexta das 10h às 19h e aos fins de semana das 9h às 18 e está localizada na Estação Central de Amsterdam. Se eu tenho que comprar e depois passar na loja eu geralmente prefiro comprar logo na loja mas .... 

Tem que ter atenção se você chega dentro dos horários em que as lojas estão abertas, no meu caso eu tive um pequeno atraso e precisei comprar o TRAM avulso no próprio ponto do ônibus para ir para o hotel, nada de outro mundo, tudo simples e seguro... aí no dia seguinte comprei o passe na loja da Estação Central.

Com o Amsterdam City Card em mãos, o período da experiência começará a ser contado a partir da ativação de cada um dos dois chips contidos no cartão: o chip para museus e atrações turísticas e o chip para o transporte público.

Cada um será ativado automaticamente assim que forem utilizados pela primeira vez – ou seja, a primeira vez entrando em um museu e a primeira vez usando o metrô da GVB, operadora do transporte público municipal de Amsterdam, por exemplo.

Outro lugar para encomendar e comprar o Amsterdam City Card é o site oficial do cartão turístico.

As informações do Amsterdam City Card na língua portuguesa, no entanto, não ficam muito claras e detalhadas no site em comparação ao que acontece na página do Get Your Guide. Se quiser comprar o seu cartão turístico por lá, talvez seja melhor acessar as informações em inglês.

De qualquer forma, o processo de compra funciona de forma semelhante: você escolhe a opção entre 24 e 120 horas que mais fizer sentido para você e, depois, busca o cartão na I Amsterdam Store quando já estiver na cidade holandesa.

Para comprar o Amsterdam City Card pessoalmente, você pode procurar um dos quiosques ou lojas de turismo no aeroporto ou se dirigir à Estação Central da Cidade, onde se encontra a I Amsterdam Store.

Do Rijksmuseum ao Eye Film Museum, são mais de 70 museus e atrações turísticas que você pode acessar gratuitamente ou com descontos com o Amsterdam City Card sem precisar pegar fila alguma para compra de ingressos.

Além disso, você pode usar o transporte local de forma livre e ilimitada durante todo o período de contratação do seu cartão.

Isso quer dizer que você fica livre para conhecer o máximo de atrações sem que isso pese tanto no seu bolso.

Como se não bastasse, com o Amsterdam City Card você também pode curtir um cruzeiro gratuito pelos famosos canais da cidade e curtir o aluguel de uma bicicleta por 24 horas se quiser – o transporte é extremamente respeitado na cidade e possui toda a infraestrutura para você usá-lo tranquilamente.


Vamos as atrações:

Tendo como o ponto de referência para tudo na estação central e pensando a cidade como um conjunto de arcos concêntricos, é fácil flanar pela cidade e fazer quase tudo caminhando num primeiro dia de reconhecimento.

Pela ordem você vai caminhar cerca de 5 Km numa direção sem precisar ficar indo e voltando pelos mesmos lugares que já passou pela cidade, mas permita-se flanar e qualquer coisa tomar um Tram para ajusta o trajeto.

Comece sempre pela :

Amsterdam Centraal  - <imperdível> Normalmente as pessoas chegam correndo e preocupadas com milhões de coisas do impacto inicial de estar numa nova cidade e pouco prestam atenção nesse belíssimo armazém de 1889 ao estilo gótico renascentista, eu gosto sempre de ficar uns bons 5 minuto respirando o ar local e vendo o ritmo das pessoas que saem e chegam dessas estações, assim é mais fácil entrar no clima da cidade. Dali siga atravessando a praça principal em direção ao centro da cidade (caindo um pouco para a esquerda) .  



Museu Ons Live Heer Op solder - <se der pra ir ou olhar de passagem> é uma casa católica do século 17 com uma igreja escondida no último andar. Os calvinistas da época estavam em franca guerra religiosa com os católicos e manter a fé era algo que devia ser feito às escondidas.

R$88,70

Oudezijds Voorburgwal 38-40, 1012 GD Amsterdam, Países Baixos

https://www.opsolder.nl/

sábado e dias de semana 10:00–18:00

domingo 13:00–18:00

A poucos metros dali você encontra mais uma jóia da cidade ...

Oude Kerk Museu de arte <se der pra ir ou olhar de passagem>

Igreja do século 14, agora calvinista, que realiza atividades religiosas e culturais, incluindo shows. Eu conheci só por fora pois a exposição da World Press eu poderia ver gratuitamente no Brasil e já estava num momento da viagem contendo as despesas.

Oudekerksplein 23, 1012 GX Amsterdam, Países Baixos

https://oudekerk.nl/

R$72,55 



Dali caindo um pouco para a direita você atravessa a Damrak chegando na grande praça DAM é uma região de grande magazines e pequenas lojinhas para perder um bom tempo.



 Praça DAM -   <se der pra ir ou olhar de passagem> você vai achar que está no epicentro do universo. Ocasionalmente você passará por essa praça indo pra algum lugar, não é uma Praça de Bruxelas mas tem seu charme, imagine essa praça tomada de tanques no quartel general nazista na segunda guerra. Além dos palácios e prédios públicos ao redor da praça as ruazinhas no entorno guardam boas experiências gastronômicas e aproveite para fazer um lanchinho de almoço ali por perto e caso seja de seu interesse tem uma outra experiência que é mais duvidosa ao propósito de cada viagem como o ... 

Museu Ripley's Believe it or not -   <se der pra ir ou olhar de passagem>Museu com itens excêntricos, incluindo cabeças humanas atrofiadas e esqueletos de animais raros. Achei over pelo preço e pulei esse. 

Dam 21, 1012 JS Amsterdam, Países Baixos
Todos os dias de 10 as 22
R$136
https://www.ripleys.com/attractions/ripleys-believe-it-or-not-amsterdam


Koninnklijk paleis Palácio Real <se der pra ir ou olhar de passagem> não vi necessidade de entrar e nem sei se pode ser conhecido, a vista de fora mostra imponência e austeridade.

Nieuwezijds Voorburgwal 147, 1012 RJ Amsterdam, Países Baixos




Nieeuwe kerk  - <se der pra ir ou olhar de passagem> Espaço de exposição em uma igreja medieval onde acontecem casamentos reais, cerimônias e recitais de órgãos.

De Dam, 1012 NL Amsterdam, Países Baixos

R$ 83,29

diariamente  de 11:00–18:00

https://www.nieuwekerk.nl/

Depois de ver toda a região da praça DAM terminando no Nieuwe Kerk você anda uns 600 metros direção sul até a calma  


Praça Begijnhof - a praça quase num condomínio fechado trata-se de uma antiga comunidade religiosa feminina do século 14 com belas casas e um pátio bem tranquilo. 
Begijnhof 1, 1012 WS Amsterdam, Países Baixos
https://begijnhofkapelamsterdam.nl/
diariamente de 9:30 as 18:00


As 9 Straatjies (9 ruazinhas) - <imperdível> aí é trabalho de flanar mesmo, é uma caminhada pelas belíssimas ruas características da cidade. Tente começar a caminhada pelo sul ziguezagueando até o norte perto da casa Anne Frank e aí entrar lá coincidindo com o seu horário marcado lá pelo meio da tarde. 












Amsterdam Tulip Museum - <se der pra ir ou olhar de passagem> fazendo a caminhada pelas 9 ruas e terminando na Reestraat você estará pertinho desse singelo museu e da Casa de Anne Frank.
Prinsengracht 116, 1015 EA Amsterdam, Países Baixos
http://www.amsterdamtulipmuseum.com/


Casa de Anne Frank - <imperdível> Casa museu onde Anne Frank e sua família se esconderam dos nazistas em um anexo secreto durante a II Guerra Mundial


Diariamente de 9:00 as 22:00
Ingressos:
Inteira: 16 euros
Crianças entre 10 e 17 anos: 7 euros
Até 9 anos: grátis
Desde outubro de 2017, a única maneira de visitar a Casa de Anne Frank é comprando ingresso online com hora marcada. Custa 16 euros (já incluindo a taxa de compra online). As vendas abrem 60 dias antes da data (e podem se esgotar com semanas de antecedência).  (O I amsterdam City Card não dá desconto).

Eu não fui na Casa de Anne Frank! Primeiro eu tive dificuldade de achar ingresso para os dias em que eu estaria na cidade mas tinha plena certeza de que com um mínimo esforço conseguiria ficar na fila e entrar em algum horário. Era um dos lugares que eu mais pensava em ir, li o livro algumas vezes, adoro as histórias da segunda guerra, mas eu estava numa sequencia de dias tão legais nas minhas férias. Refletir com profundidade sobre aquilo não faria bem ao meu espírito naqueles dias. Seria um peso que eu não queria dar pra viagem, optei por não entrar. Duro é ver grupos de turistas que nem pouco sabem da história de sofrimento de Anne comemorando na porta da sua casa como se fosse uma conquista, na minha cabeça aquele momento deveria ser como se estivesse entrando num cemitério, deve ser guardado um mínimo de respeito. É um ambiente de reflexão sobre o que nós humanos podemos fazer com outros humanos.

Westermarkt 20, 1016 GV Amsterdam, Países Baixos
https://www.annefrank.org/nl/




Se depois dessa caminhada toda você ficou cansado, é hora de continuar aproveitando o dia, mas dessa vez sentado mas em movimento num barco...


Canal Cruise - <imperdível>  As opções são muitas. Os itinerários têm duração entre 60 e 75 minutos.

Se você comprou o I amsterdam City Card, tem incluído no pacote um cruzeiro diurno gratuito com o Blue Boat, que sai da Stadhouderskade 30, em frente ao Hard Rock Café.

A Musement vende o cruzeiro diurno do Lovers Canal Cruises, saindo em frente à estação Centraal, com desconto: por 14 euros. O sistema de compra está em português.



Existe um Canal Cruise Ticket que custa 16 euros e pode ser usado para fazer um cruzeiro diurno à sua escolha entre quatro operadores, com saídas de 11 pontos (incluindo estação Centraal, casa de Anne Frank, praça Damrak e Heineken Experience). 

Stadhouderskade 30, 1071 ZD Amsterdam, Países Baixos

https://www.amsterdamcanaltourselector.com/contact-details-amsterdam-boat-tours/



Para um primeiro dia podemos fechar com uma visita a um restaurante típico...


Jantar um Stamppot no Moeders -  
 <se der pra ir ou olhar de passagem>Infelizmente eu mesmo não consegui ir pois na correria do dia acabei ficando muito longe dele e com preguiça de voltar mas o ambiente parece ótimo com fotos de família decorando este restaurante com terraço que serve clássicos da culinária holandesa. 

Rozengracht 251, 1016 SX Amsterdam, Países Baixos

https://moeders.com/uploads/Moeders_Menukaart_Binnen.pdf

http://www.moeders.com/

Dias de semana 17:00–22:00

sábado

  • 16:30–22:00

domingo

  • 16:30–22:00

Se sobrou tem e você pulou alguma coisa e está de bobeira pode ser que se interesse por algum desses atrativos nessa região :

Museum of the Canals

Museu de Fotografia Foam

Amsterdam Dungeon

Molen De Otter (1631) - windmill

Museum Het Schip

AMAZE Amsterdam

NDSM

Museu de Cinema na Holanda

Nxt Museum